Ao sabatinar Inejaim e Edson, diretor diz que "até agora ninguém apresentou provas"

O deputado Issam Saado(PV) disse que o papel da Assembleia Legislativa é de questionar, mas não de investigar e que isso é atribuição da Polícia Civil.

Crédito: Da Redação

O diretor do PlanSaúde, Inejaim de Brito e o secretário de Administração do Estado, Edson Cabral, estiveram na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 27, para falar sobre o funcionamento do PlanSaúde e o suposto caso de corrupção envolvendo o Plano. Um dos primeiros a perguntar foi o deputado Nilton Franco (MDB), que questionou sobre a razão do descredenciamento do Hospital Oswaldo Cruz e se o diretor Inejaim teria relação com o sobrinho do governador Mauro Carlesse, Claudinei Quaresmim.  

 

Sobre isso, Inejaim disse que até o momento o Hospital Oswaldo Cruz não foi descredenciado e nem oficializou um pedido de descredenciamento. O Hospital chegou a emitir uma nota dizendo que suspenderia os atendimentos a partir do dia 19 deste mês.  

 

Sobre a relação com Quaresmim, o diretor do Plano afirmou que o conhece, mas afirmou que não existe interferência dele nas atividades do Plano. "Eu não entendo porque querer relacionar a imagem dele a minha e ao Plano" disse.  

 

Inejaim falou também que não foi indicado por nenhum empresário e que não está no Plano a serviço de alguém, respondendo ao questionamento do deputado Ricardo Ayres (PSB).  

 

Inejaim disse conhecer o médico que faz as acusações no áudio, Luciano de Castro, mas negou qualquer esquema de propina envolvendo o Plano. "É muito triste ser caluniado por pessoas que você não conhece, ninguém pensa no pai que sou, no filho que sou. Minha vida social foi muito afetada, fazem oito dias da divulgação do áudio e até agora ninguém apresentou provas. Eu não fui indicado por nenhum empresário e não estou a serviço de ninguém" afirmou.  

 

Relação com Prestadores de Serviço 

 

O deputado Junior Geo (Pros) fez uma série de perguntas e algumas serão respondidas por meio de documentos oficiais. Uma delas feita pelo deputado foi sobre as glosas, uma espécie de congelamento de pagamentos aos prestadores de serviço por divergência nas informações apresentadas ao Plano. Segundo o parlamentar, alguns prestadores reclamaram que o Estado congelava o pagamento e as vezes não dava direito do prestador responder a justificativa do PlanSaúde.  

 

Sobre isso, Inejaim respondeu que existem leis e decretos que regulamentam como devem ser feitas as glosas e que o PlanSaude as tem como base para atuar. "Esse processo tem sido feito de maneira eletrônica, inclusive o envio da justificativa e o direito do prestador de responder a justificativa do Estado" rebateu.  

 

Sobre credenciamento das instituições ao PlanSaúde, o diretor explicou que estão sendo feitas mudanças, mas que o credenciamento não é excludente e que a intenção é de que no futuro o usuário possa decidir quem será seu prestador de serviço via aplicativo.  

 

Um novo processo de credenciamento foi aberto, mas questionado pelo MPE. Porém, o Secretário afirmou que o edital é democrático e aberto a toda e qualquer empresa e objetiva ampliar a rede de atendimento.

 

Investigação 

 

O deputado Issam Saado( PV) disse que o papel da Assembleia Legislativa é de questionar, mas não de investigar e que isso é atribuição da Polícia Civil.  

 

Estiveram presentes na sabatina os deputados: Elenil da Penha (MDB); Olyntho Neto (PSDB); Júnior Geo(PROS); Zé Roberto (PT); Valdemar Júnior (MDB); Valderez Castelo Branco (PP); Ricardo Ayres (PSB); Amélio Cayres (SD); Issam Saado (PV); Nilton Franco (MDB); Léo Barbosa (SD), Delegado Rerisson (PPS), Claudia Lelis (P) e Ivan Vaqueiro (PV). 

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