Cinthia Ribeiro diz que o momento não é de discutir sucessão, mas faz articulações

Apesar de manter o discurso de que está focada no trabalho, prefeita já articula sua reeleição com partidos aliados e com possíveis parceiros políticos em 2020

Crédito: Edu Fortes - Secom Palmas

Habilidosa e ponderada quando questionada sobre a disputa pela sua reeleição, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), abre um largo sorriso e dispara: “quem vai avaliar é o povo; este ano é um ano de se fazer gestão”. Assim reagiu a gestora municipal na saída da solenidade de abertura do Encontro de Mulheres do Democratas, no auditório da sede da OAB-TO, em Palmas, nesta sexta-feira, 6, realizado pela presidente regional do partido, deputada Dorinha Seabra.

 

Na rápida entrevista que concedeu ao T1 Notícias, já que ela estava de saída para o aeroporto, de onde embarcaria para compromissos em São Paulo, a prefeita tergiversou sobre o processo sucessório, alegando que o momento não é para colocar a disputa eleitoral em primeiro plano.

 

“Vamos continuar trabalhando bastante no mesmo ritmo no ano que vem. As eleições a gente discute mesmo o momento certo”, disse. No entanto, confirmou que vai disputar a reeleição, com a seguinte ressalva: “Se a população entender que estamos fazendo uma boa gestão, evidente que vamos disputar a reeleição”.  Admite, porém, que faz articulação praticamente todos os dias, com os partidos aliados e com possíveis parceiros políticos em 2020.

 

Durante sua intervenção no seminário, Cinthia discorreu sobre a participação da mulher na vida política e empresarial, ao destacar sobre as diversas formas de violência contra as mulheres, dentre elas, citou a patrimonial, assédio sexual e moral e a política.

 

Todo esse histórico de violência contra as mulheres, de acordo com a prefeita, “nos obriga a marcar um tempo novo; não abrimos mão das conquistas, abrir mão do fundo partidário, do fundo eleitoral, de todas as conquistas no plano político e social e retroagir por pressões machistas é retroagir no processo democrático”, discursou Cinthia.

 

 

Kátia Abreu

 

A senadora tocantinense do PDT foi lacônica com a imprensa, durante o evento, possivelmente por está em fase de mudança de legenda e evitou falar sobre sucessão municipal. Discorreu sobre as conquistas das mulheres nos últimos anos, citando casos pessoais na família. “Tive um marido machista, mas nunca sofri violência física ou agressões”, sintetizou.

 

Segundo ela, existem países do mundo que não garantem candidatura, mas sim vagas, e não são de 30%, mas de 50%. “Na hora da formatação das leis, as mulheres não vão para o campo de batalha para defender somente as mulheres, elas vão defender pessoas”, acrescentou.

 

 

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