De fala mansa e ponderado em sua linha de raciocínio, o deputado estadual Elenil Penha (MDB) é o nome do partido para disputar a Prefeitura de Araguaína nas Eleições de 2020. Na condição de pré-candidato, o parlamentar disse ao T1 Notícias, no final da manhã dessa quarta-feira, 27, que não existe nada definido ainda dentro do partido, mas adianta que o seu nome está sendo muito bem ventilado. “Estou pronto para discutir uma aliança propositiva para o nosso município”, resumiu.
Apesar de ele lançar-se pré-candidato, o MDB, no entanto, dispõe de outro nome como também pré-candidato, o do deputado Jorge Frederico, que confirma que está disposto a discutir internamente com os colegas de legenda. Inclusive Elenil, que afirma que Jorge Frederico é uma liderança importante não só para Araguaína, mas para todo o Estado do Tocantins.
Entretanto, ele evitou comentar sobre possíveis adversários. E usou a metáfora do namoro para explicar a política de alianças nas eleições de 2020. “Alianças partidárias são como um namorada e, muitas vezes, não pode falar o nome dela, para não causar espanto e ciúmes”.
Elenil avalia que pode, inclusive, fechar um acordo com o Palácio Araguaia ou mesmo um entendimento com o prefeito Ronaldo Dimas (Podemos). Disse ainda que já manifestou ao prefeito que o MDB está interessado promover uma discussão ampla sobre as prioridades do município.
Como estão impedidas as coligações para a disputa ao Legislativo, os partidos começam a se movimentar no sentido de costurar possíveis composições para a montagem de chapas para concorrer o pleito de 2020.
Muitas legendas já iniciaram o processo de discussão em reuniões e encontros, com esse objetivo. “As alianças vão acontecer naturalmente entre as legendas que têm algo em comum político-administrativo e eleitoralmente”, argumentou Elenil, para quem o momento não é debater em cima de nome, mas de projeto para a cidade. Ele acha que o postulante ao cargo tem que levar em conta a representação popular.
Discussões de conteúdos
O emedebista observa que o primeiro passo é convencer os colegas de que o partido deve ter candidatura própria, e depois partir para a articulação para definir a política de alianças. Ele entende que esse processo não pode ser de forma açodada e, por isso, defende discussões de conteúdo, evitando que as vaidades pessoais prevaleçam.
O que se especula é que os pretensos candidatos a prefeito não se sentem muito seguros em permanecer em seus partidos e acenam com possibilidade de mudança de legenda, com a “janela partidária”, com vistas a concorrerem ao pleito municipal. As legendas têm até maio de 2020, quando, segundo Elenil, pode ocorrer um conjunto de fusões partidárias.
Deslizes
No entendimento do parlamentar, as eleições do ano que vem, devido à cláusula de barreira e a proibição de coligações nas proporcionais, serão atípicas. Disse que o momento exige cautela. “Qualquer precipitação ou deslizes nessas articulações pode frustrar um projeto político de um candidato”, pondera.
O deputado disse ainda que não é nem oposição, nem situação, lembrando que o processo que está construindo em Araguaína é de uma marca de trabalho. “Comecei a fazer política no movimento estudantil e, de lá até aqui, eu tenho buscado proporcionar aos araguainenses e aos tocantinenses é trabalho. O que tenho buscado é construir alianças, construir pontes. Portanto, espero que as lideranças tenham muito juízo”, advoga Elenil ao especular que quem ganha com as alianças é o povo.
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