Deputados repercutem saúde no Estado e servidores cobram apoio do legislativo

Os parlamentares repercutiram a situação da saúde no Tocantins em sessão ocorrida na manhã desta quarta-feira na Assembleia Legislativa. Servidores participaram da sessão e cobraram apoio da Casa

Servidores da saúde em greve ocupam a AL
Descrição: Servidores da saúde em greve ocupam a AL Crédito: Foto: Divulgação

A sessão ordinária ocorrida na manhã desta quarta-feira, 16, na Assembleia Legislativa, foi marcada pela presença massiva de manifestantes que representam os servidores da Saúde do Estado, em greve há 10 dias, e participaram da sessão como forma de chamar a atenção do legislativo tocantinense para que auxilie a categoria nas negociações com o Estado sobre o pagamento dos acordos de garantias dos servidores e promova melhores condições nas unidades hospitalares.

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins, Manoel Miranda explicou ao Portal T1 Notícias que espera dos parlamentares apoio para buscar junto ao governo do Estado o cumprimento dos acordos, que estão atrasados. "Não estamos discutindo aqui aumento de salário, o que queremos é que nossos direitos sejam garantidos e que tenhamos melhores condições de trabalho. Falta praticamente tudo nos hospitais", disse o presidente do Sintras.

 

A deputada Luana Ribeiro saiu em defesa dos servidores e ainda apresentou uma denúncia protocolada junto ao Ministério Público Estadual, assinada por 60 profissionais da oftalmologia, em desfavor do Estado, por conta do projeto Carreata da Visão, que conforme divulgou a Secretaria da Saúde custará ao Governo cerca de R$ 11,6 milhões, para que sejam realizadas 1.300 cirurgias em pessoas com mais de 55 anos.

 

Luana explicou que “não há problema algum no governo querer solucionar problemas e diminuir a espera de quem aguarda há anos por uma cirurgia. Menos problema ainda em levar soluções de saúde para a população onde ela esteja. Mas a maneira como este programa está acontecendo nos traz indagações. No Diário Oficial do Estado de nº 4.513 de 4 de dezembro de 2015, foi publicada a portaria de inexigibilidade  por parte da Secretaria de Saúde que alega não ter na rede pública do estado estrutura suficiente para atender esses usuários, quando na verdade o que ocorre é que a estrutura não está sendo suprida adequadamente em termos de insumos básicos (como medicamentos, luvas, gaze) para atender aos pacientes.”

 

Luana ainda questionou o fato do contrato com a empresa ter sido realizada com dispensa de licitação e cobrou posicionamento da Secretaria da Saúde quanto à qualidade dos serviços, referências dos profissionais e o pós-operatório. “Também questionamos a equipe multidisciplinar que está a cargo de realizar esses procedimentos médicos no caminhão oftalmológico. Quem são esses profissionais? De onde eles são? Será que não tínhamos profissionais suficientes para atender a esta demanda aqui mesmo no Estado e talvez a um custo menor? Como será o pós-operatório desses pacientes? Haverá alguém para acompanhar os pacientes após as cirurgias?”, questionou.

 

Em defesa do projeto e da ação do governo do Estado, os deputados Nilton Franco e Valdemar Júnior destacaram a importância do projeto para a população do interior do Estado. Já Amélio Cayres disse que conhece a dificuldade que a população dos municípios do interior tem para fazer uma cirurgia de catarata e aprova a medida adotada pelo Executivo.

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