Deputados tocantinenses repercutem rejeição da Reforma Política

Com a rejeição do texto da reforma política na Câmara de Deputados, os parlamentares do Tocantins comemoraram a decisão e Valdemar disse que ia ser 'para dar satisfação mal dada para o eleitorado'.

Deputado Valdemar Júnior comenta rejeição
Descrição: Deputado Valdemar Júnior comenta rejeição Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Os deputados federais rejeitaram parte do texto da Reforma Política na terça-feira, 26, após o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), submeter todo o texto para apreciação do plenário. O Sistema político na forma do Distritão e o financiamento das campanhas por empresas, não foram aprovados e as votações continuam nesta quarta-feira, 27. Na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais comemoraram a rejeição, durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) realizada nesta manhã.

 

Para o deputado Zé Roberto (PT), Cunha retirou o relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB/PI) de forma anti democrática. “Isso mostra o viés totalmente autoritário do presidente da Casa”, disparou o deputado, que foi rebatido pelo deputado Olyntho Neto (PSDB): “ontem foi uma demonstração de democracia, pois foram apreciadas em plenário e rejeitadas pela casa. Elogio a atitude do presidente da Casa”, disse.

 

Olyntho relatou que viu a sessão da Câmara, ressaltou a ineficácia da reforma proposta e disparou contra o PT. “Pude ver o PT votando contra todas as propostas apresentadas. Votou apenas a favor do voto em lista que no meu entendimento seria um grande retrocesso. O PT colocou o financiamento exclusivamente público que só existe no Butão e isso não é avanço”, destacou.

 

Já Zé Roberto deu sua opinião sobre o distritão. “É antidemocrático e acabava com o partido e o mandato seria do parlamentar, do prefeito. A não aprovação de nada garantiu pelo menos o não retrocesso”, ressaltou.

 

O deputado Valdemar Júnior (PSD) lembrou que não havia entrado na discussão sobre o tema. “A gente percebe que a cada dia que passa a população tem mais razão e a classe política caminha para outro lado”.

 

Valdemar também comentou o distritão: “quando se tem a proposta do distritão, esquecesse a figura dos partidos, e percebemos que a cada dia se vota mais na figura do deputado e não da legenda. Hoje já é assim e faço um parêntese, nós temos eleitores para apenas dois partidos no Brasil, o PT e o PMDB. Eles ainda tem eleitores que votam na legenda, apesar de ser uma pequena parcela. No geral o cidadão eleitor está votando na pessoa”, avaliou o deputado.

 

Ainda em tempo, Valdemar falou que a “reforma política é reforma para inglês ver e para dar satisfação mal dada para o eleitorado”, e completou dizendo que “enquanto tiver pessoas com esse pensamento em Brasília, o Brasil não terá condições de fazer as reformas que precisa”.

 

Votações continuam

Na tarde desta quarta, os deputados federais devem discutir o fim ou não da reeleição dos cargos do Executivo, o tempo de mandatos de cargos eletivos, a coincidência de mandatos, a cota para as mulheres, o fim das coligações nas eleições para deputados e vereadores e ainda temas independentes como o voto obrigatório e a data da posse presidencial.

 

(Atualizada com correções às 13h02)

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