Em Carta, Siqueira diz que Mediocredito indicou a Rivolí e pede: "me respeitem"

Diante de novas divulgações de pedido de bloqueio de bens citando seu nome, o ex-governador volta a esclarecer que não assinou apostilamentos com preços majorados em contrato da Rivolí no Tocantins

Siqueira volta a negar envolvimento
Descrição: Siqueira volta a negar envolvimento Crédito: T1 Notícias

O ex-governador Siqueira Campos(PMDB) voltou a se manifestar sobre matérias jornalísticas envolvendo seu nome em pedido de bloqueio de bens pelo Ministério Público Estadual, em virtude de contrato do Governo do Estado com a empreiteira italiana Rívoli, assinado em seu governo, mas apostilado no governo do seu sucessor, Marcelo Miranda(PMDB). Ele explica que quando buscou recursos no exterior, o Mediocredito Centrale, Banco Italiano indicou a Rívoli, empresa do seu País para executar as obras que financiaria.

 

Siqueira considera injusta sua inclusão pelo MP -  posição que manifestou em nota publicada pelo T1 Notícias na primeira divulgação sobre o tema -  uma vez que garante não ter pago preços majorados ou assinado apostilamento: "na verdade eu assinei o referido contrato do financiamento, (...) o dinheiro foi passado para o meu sucessor para o exercício de 2003", voltou a repetir o ex-governador. Em decisão recente, os bens foram desbloqueados.

 

O tema de construção de pontes com superfaturamento e desvio de recursos, denunciado pelo MPE e repercutido na imprensa tocantinense, foi motivo de matéria do Jornal Nacional este mês, com destaque negativo para o Tocantins. Ameaçando dencunciar "todos os patrimonialistas que querem desviar a atenção do foco dos verdadeiros ladrões do dinheiro do povo",  Siqueira Campos afirma ter o orgulho e a honra de ser íntegro: "respeitem meu nome, que é o maior e único patrimônio depois de filho de Deus e da Vida". Confira a íntegra da Carta.

 

Caros Jornalistas,

 

Inconformado com o tratamento dado por parte da imprensa sobre o caso conhecido como “BLOQUEIO DOS BENS” tão alardeados pela imprensa de uma forma geral, com reflexo na mídia nacional, tendo que responder e alardear, que a forma publicada é tão equivocada como aquela outra situação que os mesmos veículos fizeram quando eu eleito me preparava para assumir pela quarta vez o mandato de Governador, honrado e feliz como assumi o mandato de Vereador, em 1966, cinco mandatos de Deputado Federal, sendo um de Deputado Constituinte e quatro mandatos de Governador do Estado do criado pela luz do Divino Espírito Santo, por mim e pelo povo tocantinense.

 

Na certeza de ser atendido quanto aos meus direitos e, em respeito à verdade, principal arma, instrumento do profissional honesto e digno, não entrei com ação por Danos Morais, mas me dirigi e coloquei-me à disposição da imprensa, mas não recebi de todos, em termos de direito de resposta, ou de atendimento por parte de pessoas. Nada tenho a reclamar, se não quiserem aliar a minha imagem com quem de fato são responsáveis por esse podrequeira. O que passou, passou. Mas não vou deixar de procurar o que precisar para REPARAÇÃO DOS DANOS MORAIS e de imagens, já que tenho o orgulho e a honra de ser ÍNTEGRO, criador e implantador de todos os sistemas, estruturas de geração e distribuição de energia elétrica, infraestrutura rodoviária em todo o Estado, bem como as estruturas urbanas integradas dos 139 municípios.

No caso em questão, a bem da verdade, EU ASSINEI O REFERIDO CONTRATO DE FINANCIAMENTO, aprovado pelo Tribunal de Contas, E O DINHEIRO FOI PASSADO AO MEU SUCESSOR PARA O EXERCÍCIO DE 2003. Portanto, não assinei contrato de pagamento majorado, de apostilamento ou que dessem margem para propinaço.

Mas peço que respeitem o meu nome, que é o meu maior e único patrimônio, depois de filho de Deus e da vida. Patrimônio da minha família, do meu Estado, dos meus líderes e d povo tocantinense.

NADA TENHO CONTRA NINGUÉM. Isso e outras mazelas são problemas da Polícia, do Ministério Público, da Justiça e de Deus. Entretanto, volto a pedir, ME RESPEITEM!

Se quiserem me usar para desviar a atenção dos verdadeiros culpados, me colocando junto deles, sou capaz de ir para a Praça dos Girassóis, sentar à Porta de entrada do Palácio Araguaia, que tenho orgulho de ter construído, convidar a imprensa e o povo tocantinense e DENUNCIAR TODOS OS PATRIMONIALISTAS QUE QUEREM DESVIAR A ATENÇÃO DO FOCO DOS VERDADEIROS LADRÕES DO DINHEIRO DO POVO.

Sou, com orgulho, fundador e criador do Estado do Tocantins, de Palmas, Bandeirantes, Campos Lindos, Rio da Conceição, São Felix do Tocantins, Mateiros e Recursolândia, além de criador de 42 Municípios.

Já que fui aos continentes Americano, Europeu, Asiático e Africano, em busca de relações e conhecimentos para construir o Tocantins dos nossos sonhos e organizar para o seu povo uma economia desenvolvida e dinâmica, seus potenciais de produção com estruturas urbanas modernas, sistemas de comunicação, distribuição de energia elétrica, água e saneamento básico (água e esgoto).

Com a credibilidade do meu nome e de um novo Estado que surgia, fui à Itália, quando o Banco Italiano Médio Crédito, que operava sob o modelo e o Sistema Eximbank, assim como os demais Eximbank, dos Estados Unidos, Japão e etc. Por isso, eles indicavam uma construtora do seu País, a Rívoli. 

Estive com outras pessoas verificando a idoneidade e o patrimônio da Rívoli, na cidade do mesmo nome, que é vizinha da cidade famosa onde viveram e se amaram num belo Romance, Romeu e Julieta, em Verona. E, também consultei o Sistema Bancário e creditício italiano, bem assim as autoridades daquele País, confirmando a capacidade de êxito em todos os projetos.

Um forte abraço e os agradecimentos de quem não esquece o brilho e a importância da atuação de cada profissional da imprensa que lutou e ajudou e ajudou no nascimento e desenvolvimento do nosso querido Estado do Tocantins.

 

 

JOSÉ WILSON SIQUEIRA CAMPOS

 

 

PS1) Fui a Europa assinar contrato para construção da ponte, sobre o Lago de Palmas, porque a construtora terminou a barragem da UHE do Lajeado, uma vez que a empresa marcou a data para fechamento das comportas, o que triplicava o preço da Ponte Fernando Henrique Cardoso, lembrando que não tinha um centavo de dinheiro federal ou de outra origem, mas tão somente do Estado do Tocantins.

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