Na Assembleia, deputados solicitam fiscalização rigorosa e controle de preços da BRK

Audiência Pública foi realizada no Plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira, 17, para discutir o preço cobrado e a qualidade dos serviços prestados pela concessionária BRK.

Crédito: Benhur de Souza

Durante audiência pública realizada no Plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira, 17, para discutir o preço cobrado e a qualidade dos serviços prestados pela concessionária BRK Ambiental no Tocantins, os deputados estaduais solicitaram mais rigor por parte das agências reguladoras em todo o Estado. Ainda durante

 

Os parlamentares foram unânimes ao classificar como abusivos os preços praticados pela empresa no Tocantins. Exigiram também que a empresa realize mais investimentos nas cidades onde presta serviço, em especial para cumprir o compromisso contratual de oferta de esgoto sanitário.

 

“Trinta e um anos depois da criação do Estado, apenas 20 por cento de sua população tem acesso a esgotamento sanitário, o que é um caso de saúde pública”, afirmou o deputado Amélio Cayres (Solidariedade).

 

Outro assunto prioritário na audiência pública foi a cobrança da taxa de 80% do valor do consumo de água tratada para os domicílios servidos por esgoto sanitário. Os parlamentares consideram abusivo esse percentual e lembram que a Assembleia Legislativa aprovou lei reduzindo para 50 por cento, cuja eficácia foi derrubada no Tribunal de Justiça.

 

Posição da BRK

 

Ao responder aos questionamentos, o presidente da BRK Ambiental no Tocantins, Thadeu Pinto, disse que a tarifa cobrada pelo consumo de água e serviço de esgoto sanitário é estabelecida pela Agência Reguladora. “Se houver mudança, a concessionária irá se adequar para cumpri-la”, afirmou. 

 

Quanto ao percentual cobrado em relação ao volume de água consumido, o presidente da empresa considerou se tratar de prática presente em praticamente todos os Estados, estabelecida por parâmetros técnicos. “Existem Estados que praticam sobre 100% de água consumida, e há cidades como Campinas (SP) em que o valor cobrado é superior a 100%”, esclareceu.

 

Já a tarifa mínima de consumo, de acordo com Thadeu Pinto, é amparada por lei federal que permite sua cobrança pela disponibilidade do serviço 24 horas por dia, em funcionamento contínuo. E também é estabelecida com base em dados técnicos, junto à agência reguladora.

 

Thadeu também esclareceu que, para que haja investimento na ampliação e melhoria do sistema de saneamento básico no Estado, é preciso que exista segurança jurídica. “O agente financeiro analisa a capacidade de pagamento da empresa baseando-se na projeção de receita. E é preciso segurança jurídica para fazer projeções”, finalizou.

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