Possível ida de Raul Filho para o MDB na disputa à Prefeitura de Palmas agita partido

Deputado Valdemar Júnior avisa que a decisão de quem será o candidato a prefeito pela sigla será de forma coletiva, com a participação democrática de todos os filiados

Crédito: Divulgação

O deputado estadual Valdemar Júnior e o vereador palmense Rogério Freitas não estão nada satisfeitos com a ideia do presidente regional do MDB, deputado Nilton Franco, de oferecer o partido para ex-prefeito Raul Filho disputar as eleições para prefeito em Palmas.

 

Com diplomacia, para evitar mais rusgas e animosidades internas, Valdemar Júnior, que é presidente do Diretório Metropolitano do MDB, fez a seguinte declaração ao T1 Notícias: “fico feliz em ver o nosso presidente trabalhando, mas a decisão de quem será o candidato a prefeito pelo nosso partido será de forma coletiva, com a participação democrática de todos os filiados”, sentenciou.

 

Mais agudo em seu comentário sobre a celeuma política, o vereador Rogério de Freitas reclamou recentemente ao T1, que não teria sido chamado para qualquer discussão sobre o assunto e que se sentiu “atropelado” no processo.

 

 

“Eu não posso ser candidato de mim mesmo”

 

Valdemar Júnior adianta que não vai decidir nada sozinho sobre as eleições de Palmas deste ano. “Quando foi eleita essa nova diretoria, aconteceu o lançamento e minha pré-candidatura a prefeito da cidade. No entanto, é lógico que isso não é definitivo; eu não posso ser candidato de mim mesmo; portanto, o grupo e os filiados do partido têm que homologar essa intenção”.

 

Ele confirmou, recentemente, que vai submeter sua indicação como pré-candidato do partido à disposição dos filiados e da cidade de Palmas. “Quem vai definir se o candidato à Prefeitura de Palmas será o deputado Valdemar Júnior ou se será outro nome são os filiados ao Diretório Metropolitano do partido; nós vamos ouvir todos e tomar uma decisão colegiada, de grupo e não individual”, comentou, acrescentando que não vai tomar nenhuma atitude ou decisão isolada, “até porque política não se faz sozinho, se faz em grupo”.

 

 

10 de fevereiro

 

Reticente quanto ao convite do deputado Nilton Franco, o ex-prefeito Raul Filho (sem parido) disse que ficou lisonjeado, mas que não pode decidir nada ainda sobre que partido vai se filiar e que anunciará sua decisão no dia 10 de fevereiro. “Tenho convites de outras legendas e não quero dizer que estou indo para determinado partido só para ser candidato, não”, acrescenta.

 

Ele analisa que o MDB tem outros nomes e que, por isso, prefere participar da disputa interna; “é bem democrático agido assim”. Assumiu que está otimista com sua pré-candidatura, mas observa não pode falar é candidato ainda porque a lei não permite.

 

O ex-prefeito ainda tem pendências judiciais quanto à sua inelegibilidade, com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado pela Justiça em 2012, por crime ambiental, embora já tenha cumprido a pena. No entanto, os oito anos de inelegibilidade continuam em voga, de acordo com uma liderança emedebista contrário à sua filiação no MDB, que não quis ser identificado.

 

 

Agremiações

 

Numa política de alianças com outras agremiações políticas, o presidente do MDB metropolitano faz a seguinte análise: “Não temos preferência nem por A nem por B e vamos conversar com todo mundo, tanto para apoiar quanto para ser apoiado, porque  o projeto político-administrativo se constrói a quatro mãos. Não estamos fechados  a conversar com ninguém”.

 

E adenda: “se nós queremos ter o apoio, de partido A ou de partido B, também estamos abertos e, na impossibilidade de nossa candidatura, apoiar candidato de partido A ou partido B. Quem quer ser votado ou votar em alguém, não pode fazer veto a votar em ninguém”.

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