Prestigiada por partidos e staff do governo Cláudia lança nome e reage a Ataídes

Num auditório lotado, hall lotado, estacionamento lotado, a vice-governadora do estado, Cláudia Lelis lançou na noite de ontem, 8 de março, sua pré-candidatura à prefeitura de Palmas...

Cláudia Lelis em lançamento de pré-candidatura
Descrição: Cláudia Lelis em lançamento de pré-candidatura Crédito: Foto: Ascom/PV

A vice-governadora Cláudia Lelis, pré-candidata do PV à prefeitura de Palmas nas eleições deste ano, lançou na noite de ontem, 8 de março, sua pré-candidatura à prefeitura de Palmas, cercada pela militância do PV, líderes do PRTB, PT e de boa parte do staff do governo do Estado.

 

Com discurso forte, em que falou da importância da participação feminina na política, Cláudia Lelis aproveitou para responder as críticas que tem recebido ao seu nome por parte de adversários e atribuiu a reação deles a “preconceito de gênero”.

 

“Tem um senador que ganhou o mandato em meio a uma tragédia, dizendo por aí que Cláudia Lelis não pode ser prefeita de Palmas. Por quê?” questionou. “Eu trabalho desde os meus 16 anos, já passei pela iniciativa privada, fui executiva de uma das maiores empresas do país, que construiu o aeroporto de Palmas, passei pelo serviço público e milito na política, ajudando a construir a trajetória do PV há mais de 12 anos”, argumentou.

 

A vice-governadora destacou o aprendizado contínuo que segundo ela, é um processo pelo qual vem passando, desde que assumiu o mandato ano passado. “A mulher que entende os problemas de uma casa está bem perto de conhecer e resolver os problemas de um país”, disse, citando a ex-ministra Margaret Thatcher. “A  mulher desde cedo aprende a dividir, a ensinar a compartilhar, a mediar conflitos e a gerenciar crises”, comparou.

 

Problemas do Estado e problemas do município

Cláudia criticou também os que afirmam que antes de disputar uma candidatura à prefeita ela deveria resolver os problemas do Estado. “Com muita má fé, alguns adversários começam a dizer isso”, argumentou ela, “eu questiono: por quê? Esta é a minha cidade, a cidade que escolhi para viver, e assim como eu vejo os problemas, muitas outras pessoas estão insatisfeitas. De quem é a responsabilidade de resolver as questões da cidade? Não é do prefeito? É por isto que o PV está colocando o meu nome como candidata a prefeita e não à vice-prefeita”, sublinhou.

 

Após o lançamento, respondendo perguntas da imprensa, a vice-governadora admitiu que a situação da Saúde e da Segurança, em nível de Estado, é difícil, mas afirmou que o governo tem tempo para resolvê-las. “É preciso lembrar qual foi a situação em que recebemos o Estado. Tenho, dentro dos limites do mandato de vice, ajudado o governador, ouvido as pessoas e sugerido soluções. Mas se formos comparar, nosso governo tem um ano de mandato, e tem tempo para dar as respostas que a sociedade precisa. Já o mandato do prefeito está terminando. Está chegando a hora das pessoas reavaliarem”, resumiu.

 

Juntando as qualidades de Raul e Amastha

A vice-governadora e pré-candidata fez referência, mesmo sem citar nomes, às gestões de Raul Filho e Carlos Amastha. “Tem um grupo que teve a oportunidade de administrar Palmas por oito anos, e deu sua contribuição, é preciso reconhecer. Mas nossa cidade merece mais do que aquilo que a gente tinha no passado”, pontuou.

 

Sobre Amastha as críticas foram mais contundentes. “Nós vivemos a gestão da maquiagem. A cidade está limpa? Sim, nas avenidas, mas basta entrar dentro das quadras que a realidade é outra”, criticou.

 

“Palmas se tornou uma cidade dura e desumana com as pessoas mais humildes -  que lutam para dar o sustento às suas famílias – o ambulante, o quiosqueiro, o pessoal do chambari... Criou um estacionamento rotativo injusto que atrapalha o comerciante na JK, aumentou o IPTU desmedidamente”, criticou.

 

Segundo a pré-candidata do PV “é possível juntar as duas coisas. É possível ter uma prefeita que faça obras, cuide da gestão, mas cuide das pessoas. É possível fazer uma gestão baseada no diálogo”.

 

Marcelo Lelis diz que adversários deram “tiro no pé”

Estiveram presentes ao evento os deputados Valdemar Jr, Amália Santana, Valderez Castelo Branco, José Salomão. Os vereadores Joaquim Maia, Lúcio Campelo e João Campos. O ex-vereador Aurismar Cavalcante, que se desfiliou recentemente do PSDB. Do staff governista marcaram presença o secretário de governo, Lyvio Luciano, o secretário Chefe da Casa Civil, Télio leão Ayres, o secretário de Comunicação, Rogério Silva, o chefe da Casa Militar, coronel Raimundo Bonfim, o secretário de Agricultura, Clemente Barros, e a secretária de Meio Ambiente, Meire Carreira.

 

Discursaram o presidente do PV Metropolitano, Deocleciano Gomes, do PT Metropolitano, George Brito, do PRTB Metropolitano, Marcelo Cláudio, e do PV Estadual, Marcelo Lélis.

 

O ex-deputado responsabilizou seu antigo grupo político pelo fato de estar fora da vida pública, temporariamente, numa decisão judicial de inelegibilidade.

 

“Quando decidimos, depois daquela eleição de 2012, seguir o nosso caminho, democraticamente, respeitosamente, fora do grupo político que integramos a vida inteira, veio a retaliação”, afirmou.

 

“Eles ameaçaram que iam fazer, eles avisaram que iam fazer, mandaram recado. E fizeram. Mas ao me impedir de exercer o direito mais sagrado ao homem público, deram um tiro no pé”, afirmou, e seguindo destacou as qualidades que vê na pré-candidata: “A Cláudia é uma mulher aguerrida, determinada, que conhece Palmas. Ela visitou mais casas do que eu, ela conhece mais líderes do que eu. Ela é mais política do que eu”, resumiu.

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