Solange diz que suplente quer ser deputado a qualquer custo mesmo sem voto

Parlamentar criticou atitude de Ivan Vaqueiro que entrou com ação contra ela, não quis comentar se é a favor do PT ter candidato ao governo em 2014 e esperar que sigla fique imparcial sobre seu caso

Solange critica Ivam Vaqueiro
Descrição: Solange critica Ivam Vaqueiro Crédito: Lourenço Bonifácio

A deputada estadual Solange Duailibe (PT) disse que seu suplente Ivan Vaqueiro (PT) demonstra ganância, imaturidade e deslealdade e que ele quer ser deputado a qualquer custo, mesmo que não seja pelo voto popular.  A declaração da parlamentar foi dada na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 9, e se refere ao fato de seu companheiro de partido, Vaqueiro, ter entrado com uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), acusando de captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico durante a campanha de 2010. Antes de Vaqueiro, o Ministério Público Federal já havia entrado com uma representação contra Solange.

Solange disse respeitar a decisão de Vaqueiro e que não tem mágoas, mas que jamais entraria com tal representação contra um colega de partido. “Já que o Ministério Público já havia acionado não tinha a necessidade de um membro do partido entrar com uma ação. Ele quer ser deputado a qualquer custo, mesmo que não seja pelo voto popular. Mesmo que seja por um meio que não é o voto, a escolha popular”, disse Solange.

Conforme a parlamentar, os meios pelos quais Vaqueiro tenta o mandato “não são viáveis”. Ela desabafou e disse que contribuiu para o PT aumentando a bancada do partido com os seus votos 21 mil votos nas eleições 2010. “Fiz uma campanha limpa e fiz prestação de contas que teve problemas técnicos”, afirmou a deputada.

Relação com o PT

Questionada sobre sua relação com o PT no Estado, Solange disse que as conversas com o presidente nacional da sigla sempre foi a melhor possível. “É uma relação ótima. O PT nacional reconhece o nosso valor (Solange e Raul Filho) e nos respeita. Demonstrou que nos quer no partido e que mesmo com o pedido de expulsão que existe hoje em relação ao ex-prefeito Raul Filho”, afirmou.

Solange destaca que o que espera do PT é que fique imparcial sobre o seu caso. “Já é ótimo. Já está bom demais porque acho que é essa a postura que tem que ter. Com os meus votos eu seria eleita em qualquer coligação”, apontou.

Solange destacou que o não vai discutir se o PT deve ter ou não candidato próprio ao Governo em 2014. “Não quero me posicionar sobre isso”, disse.  

“Acredito na Justiça. Confio nas decisões da Justiça. Tenho plena convicção de que serei absolvida. Vou finalizar o meu mandato e se eu sair daqui será pela vontade popular”, finalizou Solange.

 

Zé Roberto

O deputado estadual petista José Roberto Forzani afirmou  que o PT não se envolveu no caso da deputada Solange pelo fato de envolver dois filiados a sigla. O deputado disse que o partido está fazendo todo o esforço para salvar o mandato da deputada estadual Amália Santana. “Tudo o que podemos fazer, estamos fazendo para salvar a deputada Amália”, argumentou.

Questionado sobre seu relacionamento com o PT , o deputado disse ser ótima e que apoia o que o partido apoiar. Sobre seu posicionamento quanto ao Governo do Estado, ele disse que votou com o Governo para a eleição do deputado Raimundo Moreira como presidente da Assembleia Legislativa em 2011. Mas, Forzani justificou que seu voto foi a favor do posicionamento do partido que apoiou a chapa governista naquelas eleições. “Eu votei para não apoiar, mas o partido decidiu apoiar. Estou com o partido”, disse Forzani.

O Partido

O presidente regional da executiva do PT, Donizeti Nogueira, afirmou que a bancada do PT tem horando o partido na Assembleia e citou que os trabalhos que os deputados Amália Santana e José Roberto têm feito são bons. Questionado pelo fato do nome da deputada Solange não ter sido citado, Nogueira disse que ela está "numa linha de dissidência". "A deputada Solange não tem frequentado o partido e não tem tido vida orgânica no PT a partir da eleição da mesa da Assembleia, mas a postura dela também é uma postura séria enquanto parlamentar", frisou Nogueira.   

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