2017 - O ano de rever a juventude

A ausência de políticas que privilegiem jovens e o pedido do Papa Francisco.

Papa Francisco e a juventude.
Descrição: Papa Francisco e a juventude.

O mundo vem acompanhando transformações e mudanças violentas e todas essas crises me levam a pensar que as soluções só podem ser construídas se partirem dos anseios dos jovens, até porque várias das crises se originaram na falta de investimento nessa camada da população mundial. Um maior exemplo disso é o desânimo que vivemos hoje em torno da política, exatamente pelo déficit de motivação em produzir novos líderes políticos.

 

 E se não pensarmos em juventude e em ações que invistam nela, presídios serão insuficientes para abrigar essa irresponsabilidade social. De acordo com os dados do último relatório do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), a população carcerária brasileira chegou a 622.202 pessoas em dezembro de 2014. O perfil dos detentos mostra que 55% têm entre 18 e 29 anos, 61,6% são negros e 75,08% possuem somente o ensino fundamental completo.

 

 Segundo o estudo, o Brasil conta com a quarta maior população penitenciária do mundo, atrás apenas de Estados Unidos (2.217.000), China (1.657.812) e Rússia (644.237).

 

 Todas essas estatísticas produzem um efeito questionador: mesmo com aumento dos encarceramentos, a sensação de insegurança não diminuiu entre a população brasileira. Será que esse sistema prisional oferecido como instrumento de política pública é eficiente para combater a criminalidade no Brasil?

 

Em seu último discurso em 2016, o Papa Francisco refletiu sobre a situação dos jovens no mundo e pediu para que líderes mundiais "ajudassem os jovens a encontrar  o seu propósito no mundo" e se esforçassem para erradicar o desemprego juvenil. “Nós condenamos nossos jovens a não ter lugar na sociedade, porque os empurramos lentamente para as margens da vida pública, obrigando-os a migrar ou a implorar por empregos que já não existem ou que não lhes prometem um futuro”, disse Francisco.

 

 Por onde caminhar?

 

 2017 chegou escancarando em nossas caras a urgência em estabelecer parcerias com a juventude para encontrar soluções reais para um futuro mais próspero e sustentável.

 

 Por isso, é pra já a minha suposição em considerar que 2017 seja a ano da juventude.

 

 Andar de mãos dadas com os jovens vai muito mais além do que simplesmente “dar oportunidades”, significa reconhecer que serão eles e elas a fonte transformadora na construção de um estado de harmonia humana.

 

Que esse ano possamos buscar saídas mais eficazes e sólidas para todos, e que o coração esteja sintonizado com a energia e a força dos jovens do mundo e do Brasil!

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