Ações que correm o mundo a favor de uma juventude livre e mais humana!

A motivação para que essa juventude volte a participar e a se formar como agentes independentes está em nossas mãos

Nessa semana irei recorrer a uma experiência que dividi com vocês na última coluna. Me refiro à última edição do Fórum Iberoamericano “Fazendo Política Juntos”, que aconteceu em Barcelona neste mês de maio e reuniu dezenas de pessoas que pensam e trabalham pela juventude ao redor do mundo. Lá ouvimos inúmeras experiências de trabalhos e perspectivas que acionam modelos sustentáveis para o sucesso de políticas que beneficiem realmente os jovens e as jovens de vários lugares.

 

Compartilhar alguns exemplos me faz necessário agora porque seria injusto não trazer para cá as várias reflexões que fiz por lá. Alguns desafios acerca do tema são colocados, no entanto, várias soluções propostas demonstram sua viabilidade de implementação em diferentes contextos. Enumero alguns exemplos:

 

Na Índia o destaque é para os campos de treinamento móveis que se deslocam não só pelas cidades, mas pelas áreas mais remotas e rurais, oferecendo treinamento a comunidades locais na área da agricultura, evitando uma maior migração aos grandes centros urbanos. A ideia é fazer com que os jovens mais desfavorecidos consigam desenvolver-se localmente, sem ter que deslocar-se em busca de um emprego, e que possam ser auto sustentáveis.

 

Em Uganda, voluntários de uma organização começam pelo resgate de crianças e jovens de rua, combatendo a dependência química e a exploração sexual em primeiro lugar. Depois promovem uma formação humanística para criar nestas crianças auto estima e capacidade de auto reconhecimento como cidadãs. O treinamento desenvolve habilidades básicas, fáceis e rápidas de aprender, com grande capacidade de capitalização: há muitos salões de beleza, por exemplo.

 

Na Tanzânia, o grande desafio, como em Uganda e na Índia é a mudança de atitude do jovem em relação à vida e ao mercado de trabalho, mesmo antes do treinamento profissional. Lá eles focam no atendimento psicológico para restabelecer a auto estima destes jovens enquanto cidadãos: pesquisam as necessidade das empresas e qualificam os jovens de maneira a suprir a demanda de mão-de-obra minimamente qualificada, o que oferece bons resultados de empregabilidade.

 

No Camboja,  além de outras ações,  algumas iniciativas capacitam jovens infratores e os reinserem no mercado de trabalho.  No caso do Vietnã, ONGs fazem a ponte do mercado e de suas necessidades (bem como das empresas) com a capacitação profissional nas áreas de beleza e hotelaria.

 

Sendo assim, são várias experiências que pudemos conhecer. O que descobri estando por lá, é que o que temos em comum com o mundo remete aos seguintes pontos: aumentar a sustentabilidade dos projetos que trabalhem com a juventude, aumentar a empregabilidade e lidar melhor com a juventude menos favorecida. A motivação para que essa juventude volte a participar e a se formar como agentes independentes está em nossas mãos. Aprendamos com os exemplos. Sigamos em frente e para frente.

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