Crise política, juventude e incertezas

É preciso alimentar as esperanças da juventude, oferecer possibilidades que gerem bem-estar, autoconfiança e desenvolvimento de competências

Acolher as possibilidades de outro futuro é urgente! Qual será o legado da crise política? O que os jovens podem pensar e fazer a respeito?

 

As perguntas irrespondíveis, podemos assim dizer, não podem nos deixar atônitos e apáticos durante o processo. A solução sempre é dada durante o próprio caminho, embora as incertezas sejam partes fundamentais da vida humana. E não será sem algum sofrimento que moveremos para lugares mais distantes. O papo de hoje é bem filosófico, considerando a necessidade de uma discussão mais abstrata frente às tantas complexidades e opiniões que divergem quase sem parar.

 

Os restos dessas experiências políticas ficarão aí, pelo chão... E como reconstituiremos os cacos?

 

Falando em filosofia, já dizia Spinoza que as nossas emoções se cercam de medos e esperanças, e que dependendo do seu modo de vida, um ou outro será mais pungente. O que vemos é que os medos tomam conta de nossa sociedade, apesar de serem uma emoção mais visivelmente vivida por um grupo social. As condições de vida remetem diretamente àqueles que vivem em condições mais precárias, de maiores incertezas.

 

É preciso alimentar as esperanças da juventude, oferecer possibilidades que gerem bem-estar, autoconfiança e desenvolvimento de competências. Perder a esperança é dar espaço ao medo e à apatia. Provocar a mudança desejada é se apegar na missão de empreender em jovens.

 

Se não houver um movimento subversivo e contundente nacional em direção à juventude, só restarão cacos sem nenhum sinal de restauração. Enquanto o medo for maior que a esperança, o mundo das incertezas só se aprofundará.  A nossa época depende da preponderância dessas emoções e das relações entre elas.

Comentários (0)