Por que mudar?

Há quem diga que exista o tempo de mudança e a mudança de tempo.

Há sempre um tempo de mudança na vida onde começamos um novo curso, mudamos de cidade, alteramos a rotina..

Acredito que o que vivemos hoje é uma mudança de tempo, ou seja, uma mudança drástica nas formas de agir e pensar da humanidade. O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a lugar algum.

Então qual o perigo e o receio de mudar?

O mundo anda se penalizando por dar continuidade a processos que já demonstraram evidências absolutas de que são falhos. Os governos, em razão dos jogos de poder, não conseguem transformar seus olhares diante dos constrangimentos públicos que ocorrem a partir de erros e das certezas que parecem não se dissipar.

Nas últimas semanas, por exemplo, observamos pela mídia a quantidade de rebeliões que tomaram os presídios do Brasil. Um efeito cascata decorrente da desmoralização da educação e da falta de investimento na juventude, um dos temas que irei recorrer bastante nesse espaço.

Essas rebeliões prisionais e os confrontos são a expressão de que não suportaremos a rebeldia e a revolta de uma população que foi deixada de lado.

As soluções imediatistas serão insuficientes para estancar a ferida.

As mudanças devem ser tomadas já e todos nós devemos entender a urgência delas. Essa transformação deve ser sentida e pretendida por todas as partes da comunidade e, sobretudo dos jovens, que aguardam a sua chance de assumir a liderança da sua geração.

As mesmas políticas enfrentam o medo da mudança, se conformam em suas certezas. No entanto, os reflexos disso já produzem o medo coletivo e arrefeçam as oportunidades futuras de um novo modo de se fazer e pensar política.

Para isso precisamos assumir os espaços da sociedade de forma ativa, consistente e protagonizar o que almejamos de uma sociedade mais justa, solidária e atuante.

Mudar é o verbo da política e do tempo atual.

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