A política que temos articula-se com todo o processo histórico. Colonização, escravidão, republicanismo, ditadura, democracia... São todos estes e outros fatores que integram nossa história política. E é claro que toda essa história foi construída por componentes essenciais: os políticos!
De D. João I a Getúlio Vargas, de Collor a Temer, viajamos nesse entretempo dentro de uma estrutura política social que resistiu e ainda resiste a algumas transformações, como a abertura da política para um novo tempo. A esse novo tempo, me refiro à necessidade de novos componentes dentro de instituições políticas, para que a própria democracia representativa sobreviva.
Recorro sim à necessidade de alocar o político em seu tempo e espaço. Sabemos que a política ainda nos engana através de sua estrutura articulosa e débil. No entanto, embora haja uma sensação de total desagrado frente à nossa democracia representativa, novos tempos e novas formas de fazer e olhar a política serão necessárias. As correntes de pensamento, luta e mobilização irão concentrar esforços para mudanças futuras, e nisso eu considero a quebra da inércia da população.
O faço de importante reflexão desta vez, diz respeito às transmissões geracionais vividas dentro e fora da política. Cada geração representa uma nova sobrecarga ao passo histórico dado. Reconheço a importância de todos os líderes que conduziram nossas instituições e nosso país, mas o poder não pode se assentar apenas nos mesmos. Novos nomes, novas propostas, novas formas de atuar já estão aí.
Além disso, a forma de poder institucionalizada em cima do tradicionalismo já não comporta mais todas as demandas das sociedades. Negros, mulheres, quilombolas, indígenas, estrangeiros e jovens, devem possuir o direito e o incentivo às atuações políticas dentro das assembleias e do Congresso. De outra forma, dessa realidade que vivemos, nada reflorescerá.
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