Trump e o mundo: a humanidade que se perde e que se ganha

Em 2017 um dos maiores empresários do mundo assumiu a presidência de um dos países mais potentes do mundo, os Estados Unidos. Essa potência sempre foi medida, principalmente em poder econômico, ou seja, poder.

 

O quanto esse poder pode afetar a vida dos americanos e a de todos, de um modo geral, é o que ainda nos obscurece a visão, nos colocando em constante exercício quanto ao futuro do mundo frente a este novo governo, que já de antemão assume práticas menos progressistas, se assim compararmos com o que Barack Obama vinha propagando em seus discursos e práticas. Confesso que dá um frio na espinha.

 

Diante da crise humanitária que se espalha pelo mundo, principalmente quando falamos sobre crise de imigração, um mundo de barreiras volta a ser a grande opção do país que mais recebe pessoas do mundo e que mais precisa de mão-de-obra estrangeira. Há várias pesquisas que comprovam que há inúmeros trabalhos no país que somente imigrantes fazem.

 

Ok, let’s do it!

 

O governo de Trump acaba de restringir a entrada de milhares de imigrantes e refugiados além de autorizar a construção da muralha do México. O protecionismo parece ter carta-branca de agora em diante nas políticas desse grande país.

 

Sem planejamento para barrar a entrada de estrangeiros e refugiados, Trump já sente a reprovação de uma política mal estruturada. Embora seja uma avaliação prematura, vemos nascer durante a crise institucional em que o mundo vive, jovens mais dispostos a perceberem suas situações no mundo e a exigirem melhores comportamentos de seus governos, quando estes excedem suas autoridades. Toda essa reflexão advém dos crescentes movimentos que nascem em torno da defesa das minorias políticas. Em contraposição à crise progressista que a América vive, a esperança não se apaga quando vemos milhares de mulheres saírem as ruas exigindo a permanência dos direitos conquistados. O movimento negro é outro exemplo do levante de mentes e vozes que não param de gritar e exigir por um mundo mais justo.

 

Contra esses novos métodos políticos, empresas como a Sturbucks e a plataforma de aluguéis Airbnb anunciaram que irão empregar e dar alojamentos aos refugiados e imigrantes afetados pelo decreto de Trump.

 

Essas iniciativas refletem num tipo de posicionamento que procura garantir o desenvolvimento e o diálogo através de pontes, e não de muros.

 

Nesse sentido, prefiro acreditar que armados não chegaremos a lugar algum. Armados de paixões, de fanatismos, de razões, de canhões, de ambições...  Sabe-se que o fenômeno migratório é complexo, mas sua solução está nos caminhos do pensamento conjunto e coletivo.  Isso tudo é um pouco da saída para que não nos separemos mais e para que a dor não seja mais nossa residência.

 

É preciso estar atento e forte, como diria Caetano Veloso, para que não percamos a fé no futuro que chega cada vez mais rápido.

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