Uma tal “zona de conforto”

Conforto é garantia de segurança, seja ela financeira ou emocional. O problema é o quanto este conforto pode te atrapalhar a buscar experiências maiores para seu crescimento pessoal

Conforto relaciona-se muito com um modo de vida que não te aguça novos desafios, apresentando sempre a rotina programada de um caminho impregnado por passos que te garantem poucos riscos. 

 

Conforto é garantia de segurança, seja ela financeira ou emocional. O problema é o quanto este conforto pode te atrapalhar a buscar experiências maiores para seu crescimento pessoal. 

 

É sobre isso que há tempos um emblema vem se apresentando em livros de autoajuda e textos incentivadores. Esse emblema é aquilo que costumamos chamar de zona de conforto e os riscos de se se estacionar nela, já que estacionar significa parar e não mais provocar as ondas de mudança de que tanto nós, seres humanos, precisamos para a transformação pessoal e social. 

     

Nós sabemos, ou fingimos não saber, que para lidar com as adversidades e medos, precisamos entrar em contato com um eu profundo, do qual não pode ser acessado se ficamos assim, ‘no rasinho’ das emoções e das vontades. 

 

Contudo, o perigo da zona de conforto vai além dessas experiências cotidianas. Ela apresenta um perigo pois nos impede de visualizar um futuro melhor para todos, pressupondo que se o mundo não se arrisca e não usa suas inteligências para testar o novo, nossas vidas continuam paradas, carregadas por sentimentos frustrantes. 

 

Isso tudo tem a ver com sua vontade de estar próximo da própria vida, de suas vontades, a ponto de não as renunciar em favor dos próprios medos. É desapegando que nos tornamos mais adaptáveis, flexíveis e mais dispostos emocionalmente a viver os desafios e as perdas, percebendo que a tranquilidade não é a casa em que moramos o tempo inteiro.

 

Enfim, a verdade, se é que existe uma, é que para sermos mais felizes tanto em grupo quanto individualmente, é preciso passar por transformações que nos direcionam à autoestima e à confiança. Se nos atrevermos a sair desta tal “zona de conforto”, a segurança não será mais garantia, mas a intensidade com que viverá suas emoções, certamente lhe compensará.

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