A internet e as redes sociais já são parte inerentes do nosso cotidiano. Agora nada parece nos escapar. As notícias são espalhadas descontinuamente e nos alimentamos delas desde o momento em que acordamos até a hora em que deitamos com a cabeça no travesseiro.
A expansão da internet no Brasil foi enorme: entre 2005 e 2015, o número de casas conectadas saltou de 7,2 milhões para 39,3 milhões – um aumento de cerca de 446% no período, segundo dados divulgados pelo IBGE. No entanto, é muito importante ressaltar que somente 57,8% dos domicílios possuem acesso à internet e que a grande expansão ainda se deve a conexão por meio de celulares. É claro que esse número ainda é baixo comparado a outros países.
Em meio a tamanho crescimento, o que quero pensar aqui é que a ampliação da educação também irá precisar passar pela reflexão de como nossas condutas são exercidas nas redes sociais. Somos milhões vivendo nossas vidas através do mundo virtual.
E um dos grandes sintomas do novo tempo é a disseminação de notícias falsas. O mundo virtual é, ao mesmo tempo, tão perto e distante, que o poder de veracidade é dado como certo desde o momento em que alguma notícia resplandece na sua “timeline”. O Facebook é a rede social em que mais vemos esse fenômeno se expressar. E é por isso que é tão importante se perguntar nos dias de hoje: como estamos nos informando?
Em tempos de campanha política, vi partidos políticos criando milícias digitais e proliferando notícias falsas que acirravam as disputas. Vejo pessoas próximas e também não tão próximas, compartilhando notícias sem nenhuma responsabilidade. Uma grande parte não se preocupa na averiguação e várias vezes divulgam boatos que podem acarretar consequências graves. A influência de uma mentira pode ir longe demais.
É fato: nunca fomos alheios à boataria e à disseminação de inverdades, mas as redes sociais possuem a força de provocar um turbilhão de emoções e erros. Faz-se necessário repensar sobre a forma como utilizamos a internet – esse mundo tão grande e cheio de oportunidades de conhecimento. Jovens! Descubram novos espaços de aprendizagem, cultura e arte. Façam desse espaço um lugar de comunicação, mas também de educação. Inúmeras oportunidades são publicadas em vários sites todos os dias. O mundo digital é infinito.
Isso é o que nos deve levar a pensar sobre as novas profissões do futuro. A imensa possibilidade de se aprender com as novas tecnologias e com a internet. Por isso é inadiável que tenhamos uma educação formada e pensada para acompanhar os avanços tecnológicos e que forneçam aos jovens uma aprendizagem contínua, que os ajudem a encontrar soluções para os desafios do mundo contemporâneo, garantindo que a nova geração crie novas oportunidades para a economia e o meio ambiente, revolucionando as formas do viver e do ser.
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