A posse dos novos e o desafio de gerir uma cidade feliz

Em todo o país, prefeitos e vereadores, novos no mandato ou antigos, assumem neste domingo, oficialmente, os postos para os quais foram eleitos em outubro passado

Posse acontece neste domingo em Palmas
Descrição: Posse acontece neste domingo em Palmas Crédito: Foto: Da Web

Muitos brasileiros e tocantinenses viverão este primeiro dia do ano, um domingo de sol em Palmas, sem tomar o menor conhecimento das posses que acontecem em todo o País. São prefeitos e vereadores, novos no mandato ou antigos, assumindo, oficialmente, os postos para os quais foram eleitos em outubro passado.

 

Muito dos votos de felicidade, prosperidade e paz que as pessoas trocaram na virada do ano, pessoalmente ou nas redes sociais, passa pelo lugar onde vivem, a forma como são tratados, os bens e serviços públicos dos quais dependem para viver…

 

Em geral, poucos dos gestores que estavam no comando de suas cidades foram reeleitos. No Tocantins, as três maiores cidades reelegeram seus prefeitos, embora cada eleição tivesse características bem particulares e próprias.

 

Com perfis pessoais bem diferentes, Carlos Amastha, Ronaldo Dimas e Laurez Moreira tem em comum a sobriedade com as contas públicas. Os dois primeiros foram destaque nacional como gestores. Todos se reelegeram em cenários inicialmente difíceis, mas receberam a confiança da  maioria dos eleitores que foram às urnas.

 

No interior, algumas novidades. Enquanto Paraíso reelegeu Moisés Avelino, Porto Nacional elegeu o novo Kim Maia. Colinas trocou o grupo Santana, que havia apostado numa solução familiar para sucedê-lo, pelo empresário Adriano Rabelo. Miracema também apostou no novo, elegendo Moisés da Sercon.

 

A verdade é que o desafio que os prefeitos tem pela frente no Tocantins e em qualquer lugar do Brasil é grande. Administrar os municípios brasileiros tem sido um desafio, mesmo nos maiores, com forte arrecadação própria. Isso por que quanto maiores são as cidades, mais complexo se torna atender às diversas necessidades da população. Nos menores, o exercício é fazer a arrecadação ínfima fazer frente às obrigações constitucionais com saúde e educação, especialmente.

 

O ano começa tendo o trabalho, com responsabilidade, como a maior meta dos novos e velhos gestores.

 

Não existe mágica, mas é impositivo a cada dia que passa ter criatividade na busca de alternativas, sobriedade na aplicação de recursos, equilíbrio para não sobrecarregar o contribuinte com novos tributos.

 

Quanto aos vereadores, faz tempo que se tornaram personagens menores num contexto em que seus votos acabam negociados em blocos. Quase nenhum se destaca alçando novos vôos.

 

A política, no geral, tem carecido de inspiração. É isso que afasta a população, o cidadão comum, de se envolver com ela.

 

Talvez por isso hoje, quem vá às posses são os familiares dos eleitos, seu grupo mais próximo de apoiadores, e quem vai trabalhar.

 

Pouco se espera de novo, no geral.

 

Já os que votaram e acreditaram nos que tomam posse neste domingo, ainda alimentam a expectativa de ver gestões mais comprometidas com o público e não com o privado. Esperam honestidade na gestão dos recursos públicos. Competência para não deixar faltar o básico das obrigações do poder público. E alguma criatividade para tornar a vida nas cidades mais plena, agradável e inspiradora.

 

Não é muito. É possível. Ser feliz - que é o que todos se desejaram na passagem do ano - é um conceito que tem muita relação com o lugar onde a gente mora e a forma como ele é administrado.

 

Que nossos novos gestores estejam atentos a isso.

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