Ano Novo, velhos problemas e pré-campanha na rua

Ano eleitoral promete disputa acirrada em Palmas. Na Câmara prefeita precisa buscar reconstruir caminhos com vereadores depois do 10 a 8 no caso do veto, no apagar das luzes de dezembro

O ano bissexto, eleitoral e de número redondo (2020), começou há alguns dias, mas muita gente (os que podem) veraneia ainda pelas praias e aproveita recessos legislativos para descansar, passear e (raros) visitar as bases.

 

O fato é que nesta segunda feira, 13, as coisas vão voltando devagar ao normal. Mesmo com o ritmo lento, habitual do mês de Janeiro.

 

Em Palmas, a prefeita Cinthia Ribeiro começa o ano com o rescaldo da derrota no caso do veto à emenda do vereador Milton Néris que obriga a prefeitura a pagar seus fornecedores em ordem cronológica. Deveria ser a norma, afinal, é o normal na vida de qualquer cidadão. Se pagar a energia de ,janeiro sem pagar a de dezembro, corta.

 

Mas o Paço Municipal empurrou (mesmo com o caixa alto) a dívida da Valor Ambiental – algo em torno de R$ 16 milhões, informou a prefeita no seu balanço - e decidiu pagar a empresa nova, contratada por escolha do secretário da pasta. O pagamento, feito após a aprovação da lei pelos parlamentares, foi feito ao arrepio. 

 

A Procuradoria do Município, correu ao TJ atrás de uma liminar para derrubar a Lei aprovada pelos vereadores.

 

A MB (comandada pelo Cláudio ex-Delta) amanheceu nesta segunda com uma paralisação parcial (apenas no período da manhã), em que funcionários cobram pendências, sendo a principal, horas extras que não foram quitadas. 

 

O fato é que a empresa é de pequeno porte, demonstra não ter capital de giro, faz uma coleta “meia boca” e não tem dinheiro em caixa para aguentar atrasos. Vai trabalhar com o que receber da Sefin. Um risco.

 

Pano rápido.

 

Os 10 a 08 da Câmara Municipal devem servir ao Paço como um alerta.

 

O céu não está de brigadeiro na relação entre os vereadores e a prefeita. Esta é uma relação a ser reconstruída, como mostram os últimos acontecimentos.

 

O agravante para Cinthia Ribeiro, que no todo não faz uma má gestão, é que entramos em ano eleitoral. Se ano passado já brotaram complicações produzidas ou amplificadas por adversários, neste ano, é de se esperar que a artilharia dobre. Afinal, são muitos os candidatos comendo chambari, por aí, debaixo dos pés de pequi.

 

Muita gente que tem na prefeita sua preferencial adversária.

 

Hora de resgatar os amigos, aparar arestas e não complicar o meio de campo. Afinal, os velhos problemas continuam aí. 

Começar pela Câmara Municipal se mostra fundamental. Afinal, são 10, dizendo que não vão engolir goela abaixo o que a prefeita decidir.

 

Há que ter dialogo e lembrar que no final a conta sempre é paga pelo povo.

 

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