Assédio na nacional do MDB, PSL e Pros pode mudar jogo sucessório em Palmas

Pré-campanha em Palmas se tornou jogo de Xadrez que inclui movimento para desarticular potenciais adversários à prefeitura de Palmas. Por enquanto, três estão na mira: MDB, PSL e Prós

Crédito: Da Redação

No começo da semana, fiz um bate-papo descontraído com a jornalista Glês Nascimento - que fará na semana que vem um rodízio de entrevistas ao vivo com pré-candidatos a prefeito de Palmas no Instagram – sobre o que pode ou não ser feito por pré-candidatos em pré-campanha.

 

A Live bombou mas o assunto extrapolou o tema com perguntas sobre o momento atual da disputa eleitoral pela prefeitura de Palmas. Prometi um artigo para analisar o potencial ofensivo dos 15 (quinze...) pré-candidatos a prefeitura e os motivos pelos quais acredito que estes nomes não prosperam até as convenções. A tendência é afunilar par entre 7 e oito nomes, com três potenciais competidores nesta disputa.

 

Na Live citei a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (tem a máquina, obras e um bom recall com os servidores municipais), o vereador Tiago Andrino (que vem aí como o Tiago do Amastha, numa ligação direta com o legado do ex-prefeito, que hoje é o maior influenciador de votos nesta eleição) e o deputado estadual Júnior Geo (que foi vereador e tem nome leve e perfil que se encaixa na independência que o palmense tanto gosta).

 

Nem bem fechei a boca e começaram a chegar informações sobre uma tentativa de desarticular Geo, em nível nacional. Seriam duas as dificuldades do deputado: acessar o fundo partidário do Pros, que está bloqueado desde as peripécias do seu presidente nacional em comprar um helicóptero para uso pessoal com o dinheiro do partido, e um assédio na nacional para tomar o partido do pré-candidato.

 

Objetivo: retirar um dos maiores competidores em potencial da disputa.

 

Corre o pano.

 

Por que não citei Raul? As pessoas perguntam se duvido do potencial de votos do ex-prefeito Raul Filho. A resposta é não. Raul é bem lembrado nas quadras da região Sul de Palmas, tem muita habilidade política e já tem uma liminar para disputar a eleição. O acordo interno no MDB no entanto é que ele não disputará apenas com uma liminar o amparando. A última eleição, que disputou e não foi votar, por que estava com os direitos políticos suspensos, foi uma grande lição aos apoiadores do ex-prefeito. Não dá para brincar em serviço.

 

Nos bastidores, fala-se que está próximo de ser pautado o processo de Raul em Brasília, que pode afastar a inelegibilidade. Mas ninguém sabe se será votado a tempo.

 

O MDB tem um Plano B, que se chama Valdemar Jr, o amigo da gente. Slogan utilizado no seu programa de rádio e nas suas últimas campanhas. Tem memória de urna, tem time em Palmas e tem o velho MDB. Digo o velho, por que o novo anda tramando nas sombras para tomar o comando do partido do deputado em Palmas.

 

Três vereadores foram à Brasília discutir este assunto recentemente na cúpula do partido. Querem descartar Valdemar na disputa, caso Raul não prospere. Ocorre com Diretório não é comissão provisória e esse “arrasta tapete” pode custar caro ao MDB.

 

Fecha o pano.

 

O terceiro partido que virou alvo de tentativa de desestabilização é o PSL de Vanda Monteiro. Justamente o partido que abrigava o presidente Jair Bolsonaro, e que está com as bufas cheias de dinheiro para disputar as capitais.

 

Mas o dinheiro só verte em grandes quantidades, caso o partido tenha candidato a prefeito.

 

Vanda conseguirá disputar? Detalhe: um custo imenso para os candidatos, são as chapas de candidatos a vereador. Tem “dono”de partido andando com a pastinha de nominata debaixo do braço negociando apoio a majoritário. Coisa que vai de R$ 1,5 milhões a R$ 3 milhões.

 

Pois é. E tem pré-candidato a prefeito sonhando em fazer campanha com R$ 1 milhão. Outros sonhando em arrecadar cotas de R$ 200 mil de 20 empresários par juntar R$ 4 milhões. 

 

Um vereador em Palmas para garantir reeleição não vai gastar menos de R$ 400 mil. Por ai vocês tiram, que esta eleição, com 600 candidatos a vereador, e pelo menos 7 majoritários, vai custar os olhos da cara.

 

Mesmo sem palco, som, aluguel de cadeiras, telão, foguetório e máquinas de papel.

 

Campanha a ser reinventada na pandemia e onde candidato a prefeito não vai conseguir andar muito. Até por isso, mais chance para quem tiver bons candidatos a vereador. Fiéis ao seu majoritário.




 

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