Carlesse leva vantagem, Márlon é o azarão, mas Marcelo pode mexer no jogo até dia 5

Incertezas ainda pairam em torno das composições que cercam as três candidaturas principais. Na dúvida MDB pode lançar Miranda pra garantir proporcionais e Senado ainda pode ter surpresas...

Com máquina na mão, Carlesse leva possível vantagem nas intenções de voto
Descrição: Com máquina na mão, Carlesse leva possível vantagem nas intenções de voto Crédito: Divulgação

A constatação de que Marcelo Miranda (MDB) não está inelegível, uma vez que seu processo não tramitou em julgado e subiu, com despacho de Fux para o STF (para análise da questão da validade ou não das provas podres pelo ministro admitidas) é o fator surpresa desse fim de julho no Tocantins.

 

Partidos e pré-candidatos se movimentam em conversas de bastidores que não tem conseguido se manter secretas.

 

No “seca bagaço”, como se diz no interior, o quadro hoje é o seguinte:

 

Mauro Carlesse, governador, é quem tem a vantagem de sair na frente nas intenções de voto. Acabou de vencer uma eleição, tem grupo consolidado e tem o comando da máquina. Quem é governo, não quer deixar de ser.

 

Atrás dele, com diferença de mais de dez pontos viria o ex-prefeito Carlos Amastha. Ele conseguiu o feito de, perdendo no primeiro turno, ganhar a chance de ser a opção não testada contra Carlesse, num cenário diferente. Agora com o apoio do PR do senador Vicentinho Alves

 

 

Já colado em Amastha segundo aferições de consultas internas das pré-campanhas, estaria o grande azarão destas eleições, o ex-juiz Marlon Reis. Ele chega com a vantagem de ter feito uma pré-apresentação nas eleições suplementares.

 

 

Terá fundo partidário. Já garantiu os recursos suficientes para fazer a campanha majoritáriaaglutina em torno de si os que tiveram dificuldades com outras chapas, mas que tem seus votos e sua militancia na capital e no interior.

 

 

 

Nesse cenário, Marlon é realmente o que há de novo. Resta aguardar as alianças que fará e a repercussão delas junto ao seu eleitorado.Se pesar palanque, perde o discurso e o impulso de ser a esperança do eleitor cansado.

 

Miranda, se candidato, salva proporcionais do MDB e pode levar o PT

 

 

Diante das conversas de bastidores truncadas, e que levaram dúvidas sobre se Carlos Amastha sustentará a aliança com o MDB após perceber o desgaste que ela lhe traz no seu público eleitor cativo, surgiu a opção Marcelo Miranda.

 

O governador, que foi cassado, respira por aparelhos, mas não está morto para a política tocantinense.

 

 

 

 

Marcelo nunca perdeu uma eleição”, começam os modebas. E por aí vão. O medo de que Carlos Amastha rife a legenda na última hora é grande. “Quem trocou de vice em cima do palanque, faz de tudo”, murmuram nos corredores os desconfiados.

 

O PT, não aceita o nome de Ataídes Oliveira, a quem chama de “golpista”, pelo papel que teve e as antipatias que amealhou no processo de impeachment da presidente Dilma.

 

Se Marcelo for candidato, para salvar seus proporcionais, tem o condão de fazer legenda suficiente para eleger Dulce e seus estaduais. E tem grandes chances de levar o PT junto além de fazer um estrago nas coligações que já contam com seu tempo de televisão...

 

Senadores: ninguém sabe o que o calado Eduardo Gomes quer

 

 

 

Fugindo da imprensa e das perguntas de para onde vai a fim de viabilizar seu nome, já que a chapa de Mauro Carlesse está montada e a de Carlos Amastha também, Eduardo Gomes está calado demais para os que o conhecem.

 

 

 

 

“Quanto mais calado, mais perigoso”, dizia numa roda um político experiente dia desses.

 

Abriu conversações com Márlon Reis, mas tem um grupo forte dentro da aliança governista que clama pela sua candidatura. Nesse grupo, o prefeito de Araguaina, Ronaldo Dimas, o deputado estadual do Bico, Amélio Cayres, o tranquilo deputado Vilmar, o estadual que vai a federal Eli Borges, o novato vereador Léo Barbosa, que é pré-candidato a deputado estadual, entre outros também de expressão.

 

Como ficará esse grupo se Gomes fechar com Márlon? Pedindo voto para outro candidato no palanque do governo?

 

Também nas internas, ninguém duvida das boas condições de Gomes. Conquista fácil o segundo voto e divide bem o primeiro.

 

Ha ainda outra possibilidade: Se Ataídes fica inelegível, há outra vaga na chapa de Carlos Amastha.

 

Como se vê, daqui até o dia 5, tudo pode acontecer.

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