Das minhas andanças pelo Sudeste: o interior pede passagem

É sempre bom dar uma saída fora do ambiente político de Palmas para medir a temperatura no interior, onde a política é mais caseira, às vezes mais rasteira

Palestra em mídia training programado pela Public
Descrição: Palestra em mídia training programado pela Public Crédito: Foto: Divulgação

Estive no final de semana em Dianópolis, para fazer uma palestra dentro de um mídia training programado pela Public, com os gestores do município, ponta de lança na região Sudeste, pujante na economia, berço do projeto Manuel Alves que exporta banana para outras paragens, entre outras produções regadas com os canais que vi serem implantados pela antiga SRHMA, na gestão de Anísio Pedreira.

 

É sempre bom dar uma saída fora do ambiente político de Palmas para medir a temperatura no interior, onde a política é mais caseira, às vezes mais rasteira, mas principalmente porque o interior tem uma vida (e uma qualidade de vida) rica em outras nuanças que Palmas, cidade grande, já perdeu.

 

Dianópolis elegeu o Padre Gleibson, quebrando um projeto do PT de eleger pela segunda vez José Salomão. Foi uma virada interessante na política do município. A equipe que encontrei lá, tentando entender melhor de comunicação, e se preparando para atender as demandas por notícia daquele município e região, me pareceu jovem, disposta e comprometida com um modelo de transparência. Deus conserve.

 

Minha ida lá ocorreu no final de semana que o superintendente do Sebrae, Omar Hennemman capitaneou um evento fantástico para dar aos prefeitos eleitos uma nova visão de como as gestões municipais precisam mudar, se tornar mais leves e competitivas. Mais criativas. Trouxe o prefeito Napoleão Bernardes, de Blumenau, super bem visto em nível nacional por enxugar despesas e fazer gestão com o dinheiro que tem em caixa.

 

O interior do Tocantins é carente, costumo dizer, de tudo. Especialmente de atenção.

 

Por isso, marcou pontos o governador Marcelo Miranda por ter ido ao Bico do Papagaio, onde entregou obras e lançou obras. E deu o que o povo mais quer no interior: ser ouvido. Repassar suas demandas. Mesmo que o governo não seja ágil em atendê-las, por fatores diversos. O fato é que sempre que o governo está perto, seja com a presença física do governador, seja com seu staff de secretários (para o Bico foram os principiais), há uma renovação no ânimo das pessoas, e uma evidente revigorada no ânimo dos políticos.

 

Um governador do interior… será?

 

Foi em Dianópolis, numa roda política, que ouvi a mais nova tese que rola nos bastidores: por que não um candidato a governador do interior do Estado?

 

É sabido que em Palmas só se fala em Kátia Abreu versus Amastha. Inclusive com a teoria de que uma terceira candidatura beneficiaria o prefeito da Capital, pois em hipótese, seriam dois candidatos tradicionais, da política mais conservadora que há no Estado, e um da “nova política”. Por mais que se espere no palanque de Amastha, políticos antigos, especialmente porque no interior é o que há. E o prefeito da Capital, certamente precisará deles.

 

Mas voltando à tese do candidato do interior, considerando que Miranda dispute o Senado, o nome ventilado é o do prefeito de Gurupi, Laurez Moreira. Os motivos: há uma evidente movimentação de setores políticos com ramificações no judiciário anti-Amastha. O motivo seria o estilo do prefeito, que teria contratado e depois demitido, filhos de poderosos dos tribunais de justiça e de contas, criando animosidades por lá.

 

Dizem as más línguas que Kátia e Amastha devem escapar de todas as delações e operações para se viabilizarem como candidatos. E se um dos dois for impedido ou inviabilizado política ou juridicamente a bola estaria nas mãos de prefeitos como Laurez ou Ronaldo Dimas.

 

Bom, falta combinar com os russos. Mas é o que rola por aí.

 

Viajar é sempre bom, porque tira a gente das caixinhas. E projeta novos e instigantes cenários.

 

P.S: Recebi pelo menos duas reclamações em lugares diferentes que estou escrevendo pouco por aqui. Portanto passo a escrever três artigos por semana. Depois não reclamem…rs.

 

Boa semana!

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