Dimas e a revolução que acontece em Araguaína mostram que Luana pode ter razão...

Uma volta por Araguaína no sábado passado, dia 8, revela uma cidade em movimento, com obras acontecendo dentro de um planejamento e que se transforma para melhor...

Secretário explica detalhes da obra da ponte na Avenida Orla
Descrição: Secretário explica detalhes da obra da ponte na Avenida Orla Crédito: Fotos: T1 Notícias

A fala da deputada Luana Ribeiro (PDT) há duas semanas, quando de Araguaína, ao lado do deputado Elenil da Penha (PMDB), referendava o prefeito Ronaldo Dimas(PR), como um nome em condições de disputar o governo do Estado, soou estranha para quem só vive o eco das possibilidades dentro de Palmas. Uma visita mais detalhada à cidade, mostra no entanto, que Luana pode ter razão.

 

Araguaína é uma cidade auto-sustentável. A roda da sua economia independe do que acontece no governo do Estado para girar. A necessidade que a cidade tem é de que o Estado cumpra a sua parte, nos quesitos de Saúde, Segurança e na contrapartida de obras que acontecem com recursos federais e dependem da liberação dos pagamentos do governo para serem pagas, e assim, avançarem. É o que acontece por exemplo, com obras de infra-estrutura pagas com recursos do FGTS, disponível para pagamento assim que o serviço é medido, me explicava o secretário de Infraestrutura, Simão Moura numa volta que dei pela cidade, vendo de perto as obras.

 

O que me chamou a atenção e despertou o interesse em vê-las de perto foi assistir uma apresentação fantástica, do volume de investimentos que a cidade tem hoje, nas obras em andamento. Da ponte que terá suas vigas suspensas nos próximos dias, na avenida Orla, dando acesso a um lago fantástico e criando nova opção de diversão e convivência para os araguainenses, até as milhares de casas entregues dentro do faixa 1 e faixa 2 do programa Minha Casa Minha Vida, tudo em Araguaína mostra movimento da gestão.

 

Parênteses: as casas da faixa 2 são uma gracinha. Dá vontade de morar nelas. Fecha parêntese.

 

Não se trata de um movimento qualquer. É coisa organizada, articulada. Como, perguntei, eles conseguiram entregar 5 mil casas dentro de um mandato de 4 anos? Projetos bem feitos, persistência, insistência política em Brasília no Ministério das Cidades. Os nossos aqui não avançaram tanto.

 

Mas revolução mesmo acontece na Educação. Tem oferta de vagas sobrando na rede pública. E novos aparelhos, construções de primeiro padrão -  com as que vemos em Palmas novas - mudaram a realidade dos espaços públicos que eram oferecidos às crianças. Isso faz uma grande diferença para a geração que daqui há 10, 15 anos, estará no comando de todas as áreas na cidade.

 

Recuperação de pavimentação, catalogação de nascentes para não correr o risco de contaminá-las, ou perder a qualidade da água para as futuras gerações, investimento em opções de lazer, não só no parque Simba - onde a população ocupou antes mesmo que esteja concluído e inaugurado - são outros campos que avançam.

 

Os reflexos na região e a perspectiva de outra alternativa

Nem é preciso dizer que o que acontece em Araguaína tem influência e impacto em toda região. A cidade é polo de desenvolvimento. Estar limpa, bem cuidada, com o trânsito organizado, diversos empreendimentos imobiliários em andamento e com oferta de aquisição de áreas, e especialmente se consolidando como uma cidade em que pode ser mais agradável viver, faz muita diferença. Até a auto estima das pessoas melhora. Araguaína deixa de ser só um lugar onde circula muito dinheiro, por suas características de capital econômica do Estado, mas passa assumir outro conceito de cidade.

 

A vida noturna, noto, também está mais rica em opções. Mesmo com as questões de segurança que aconteceram no segundo semestre do ano passado, gerando instabilidade nas pessoas e um princípio de crise institucional entre Município e Estado pelo tom das cobranças do prefeito ao governador, o momento parece ser outro. As pessoas já saem mais à noite e os lugares não ficam a dever em nada às boas casas em Palmas (vide Barolli e Empório Maria).

 

Por tudo isso, a fala da deputada Luana Ribeiro, que chegou a ser criticada como excessivamente otimista em algumas rodas, não está fora do contexto político do Estado. Ronaldo Dimas está se credenciando, sim, a vôos mais altos. Seu estilo nada populista e mais sisudo, pode até se tornar uma vantagem ao longo do tempo, se souber tornar-se mais acessível. A mudança na agenda do prefeito é nítida, assim como na composição do secretariado. Agora mesclado entre os componentes técnicos e políticos.

 

Em 1991, por força das obrigações do trabalho à frente do jornalismo da TV Manhete/Comunicatins, tive que morar por 30 dias em Araguaína. Nem preciso dizer que detestei a experiência. Gostava mesmo era de Gurupi, mais limpa e organizada. Naquel época, Gurupi tinha uma economia bem mais forte que hoje, era mais punjante.

 

Pois a Araguaína de hoje nada guarda de semelhança com aquela. Isso é bom para o Estado, tanto ou mais que para aquela região.

 

Se lá a economia gira e pulsa, a gestão planeja e faz acontecer, não é de se admirar que possam vir de lá também bons exemplos administrativos e novas perspectivas para a política tocantinense.

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