Disputa entre federais acirra entre deputados de mandato e pode trazer 3 novos nomes

A disputa para as oito vagas de deputados federais no Tocantins este ano está menos dura do que a ocorreu há quatro anos, pois já começou com a abertura das vagas de dois candidatos ao Senado

Tiago Dimas e Osires Damaso são os favoritos a ficarem com as duas vagas abertas
Descrição: Tiago Dimas e Osires Damaso são os favoritos a ficarem com as duas vagas abertas Crédito: Divulgação

Não está fácil pedir voto nas principais cidades, maiores colégios eleitorais do Tocantins.

 

Diferente do interior, onde o líder político se assemelha ao líder religioso e tem uma claque fiel lhe seguindo e vestindo a camisa do deputado apoiado pelo prefeito, vereadores, ex-prefeitos e líderes mais populares, a coisa muda nos centros onde a dependência do político é menor.

 

Nos maiores colégios o leitor está “abusado”  de político. O eleitorado se divide entre o bem informado -  que cobra o voto do federal nas reformas danosas de Temer, por exemplo - o sindicalizado, que se vê como membro de uma categoria, e vê o político pelo viés de como ele votou ou deixou de votar, o desinteressado (que não quer saber de se envolver e beira a apatia) e, por fim, o revoltado. Esse último é o que xinga quem vai pedir voto, mostra o dedo para quem se atreve a fazer carreata, e trata político como um “fora da lei”, alguém que só trabalha para o próprio benefício e aparece de vez em quando para pedir votos.

 

Esse cenário privilegia quem tem colégios eleitorais bem amarrados de um lado, e quem trabalha o voto consciente de outro. No meio e na berlinda ficam aquelas centenas de candidatos que ninguém sabe direito quem é, nem a quê vem, mas que estão aí: com material patrocinado pelo fundo partidário, meia dúzia de carros plotados, fazendo na verdade pré-campanha de vereador para daqui há dois anos.

 

As pesquisas de intenção de voto para governador e senadores podem não falar muito entre si, mas numa coisa são unânimes: a quantidade de gente que não se decidiu e pode ir às urnas sem candidato proporcional. Mesmo o voto nos senadores ainda é uma incógnita, pois muita gente desconhece que poderá votar duas vezes. Neste cenário, estão candidatos a deputados federais e estaduais. Pedindo voto para os majoritários e tentando fechar suas equações dentro das coligações e nos seus colégios eleitorais.

 

Para federal, renovação pode ser de três vagas

A disputa para as oito vagas de deputados federais no Tocantins este ano está menos dura do que a ocorreu há quatro anos, pois já começou com a abertura das vagas de dois candidatos ao Senado. Irajá Abreu (PSD) e César Hallum (PRB) se aventuraram em outras águas, o que já de cara levará dois novos parlamentares à Câmara Federal.

A chapa que disputa ao lado do governador Mauro Carlesse, chamada Governo de Atitude, concentrou deputados de mandato com alto potencial eleitoral e que brigam entre si para chegar na frente. Nela estão o PHS, Solidariedade, PP, Democratas, PTC, PRB, Avante, Patriota e Pros.

 

Nesta deve chegar entre os mais bem votados, o deputado federal Lázaro Botelho (PP). Trabalham pela reeleição, com melhores chances que os novatos, o deputado Carlos Gaguim e a deputada Professora Dorinha. A grande novidade do grupo governista caminha para ser Tiago Dimas, que vem com a força de Araguaína, o respaldo do pai e uma campanha estruturada que deve deixar para trás, em número de votos, candidatos mais experimentados. A expectativa é que a chapa do governo faça entre quatro e cinco federais. Ao que tudo indica, a deputada Josi Nunes, do Pros, disputa a quinta vaga com o Pastor Eli Borges, do Solidariedade.

 

A chapa do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, chamada Coligação A Verdadeira Mudança, tem o PSB, MDB, PR, Podemos, PSC e  PSDB. O grupo tem a expectativa de fazer entre duas e três vagas, para as quais despontam Vicentinho Júnior, Osires Damaso, Dulce Miranda e Tiago Andrino.

 

Na chapa de Marlon Reis há dificuldade em se garantir uma vaga, mas o novato Diogo Fernandes, que herdou pelo menos dez dos colégios de Irajá Abreu, trabalha com a expectativa de ter a maior sobra e ocupar aquela que seria a quinta cobiçada pelo grupo do governo. Nela, coligação Frente Alternativa, estão o PTB, PC do B, Rede, PV, PDT, PT, PRTB e PSD. Mas além de Diogo, disputam outros nomes como o do ex-secretário de Administração, Geferson Barros,  do PV, e o ex-secretario de Educação,  Adão Francisco, do PT.

 

Com o abalo sofrido na campanha majoritária de Marlon Reis esta semana por falta de recursos e paralisação dos serviços da equipe de comunicação, a campanha dos proporcionais pode sentir a desmobilização da militância que acompanhava ainda o próprio candidato a governador.

 

Resta saber nos próximos dias, que são os decisivos, que rumo a campanha tomará.

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