Em reunião de 15 horas, Marcelo endurece, cobra resultados e determina cortes

Mais importante do que os secretários disseram: programas, ações e obras, foi o sacode que Miranda deu na equipe...

Miranda reúne secretários
Descrição: Miranda reúne secretários Crédito: Foto: Pedro Barbosa

Faltaram apenas dois secretários de Estado na reunião de 15 horas promovida ontem pelo governador Marcelo Miranda, acompanhado da sua vice, Cláudia Lélis, no Palácio Araguaia. Aleandro Lacerda, da Terrapalmas e a Tenente Coronel Patrícia, da Setas, enviaram seus executivos. Wanessa Sechim, da Educação, que perdeu avó, teve que sair mais cedo.
 

Logo no começo da reunião todos os celulares foram confiscados. Ninguém pode ficar no WhastApp, ninguém gravou a conversa. Todos os demais secretários que permaneceram por horas, ouvindo -  o chefe, que endureceu o tom -  e os colegas teve de três a 5 minutos para fazer um resumo da ações de sua pasta. Tempo que todos extrapolaram.
 

Mais importante do que os secretários disseram: programas, ações e obras, foi o sacode que Miranda deu na equipe. “Se tinha alguém que estava perdido no governo, sem saber direito onde estava, a dúvida acabou”, resumiu um representante do primeiro escalão.
 

Independente de 2018 -  embora nove entre dez secretários acreditem que o chefe é candidato à reeleição - o governo precisa funcionar, precisa mostrar resultado. E mais: precisa economizar. Ao falar sobre carros, combustível, despesas administrativas, ressuscitou o Marcelo que bate na mesa. “Se eu tiver conhecimento de um carro do Estado em local suspeito, fora do horário, mando recolher no dia seguinte”, disse o governador. Já não era sem tempo.
 

Mesmo em recuperação do seu estado de saúde, o que se viu foi um governador mais duro e cobrando austeridade. A ordem é economizar telefone, energia, combustível e produzir resultado. A cobrança foi grande em torno do que não foi concluído. Ações que não foram iniciadas serão suspensas.
 

Desabafo sobre a demora da Assembleia
 

O governador também desabafou sobre o atraso da Assembleia em torno da apreciação dos projetos que estão tramitando e que dependem da aprovação legislativa para a liberação de R$ 600 milhões. Muitas obras aguardam esta contratação de empréstimo para terem prosseguimento. “Todas as informações já foram prestadas, mas esta semana teve novos pedidos”, explicou um secretário.
 

Enquanto parte do staff do governo acreditar que o recado dos deputados que seguram o projeto é pressão pelo pagamento de emendas e liberação de pedidos de cargos, parte dos auxiliares de Miranda entendem que é uma reação à possibilidade de que o governador busque a reeleição.
 

Em resposta a tudo que vem acontecendo na Assembleia por esses dias, Marcelo teria dito que o grande prejudicado não é o governo dele, mas a população que está esperando a recuperação de hospitais e estradas.
 

“O governo destravou e parece que muitos por aí estão com medo do Marcelo Miranda”. A frase ouvida no Palácio pode fazer algum sentido, mas por hora, os que estão nas cadeiras é que estão temendo perder os mini-governos implantados em cada pasta do Estado.
 

E já não era sem tempo disso acabar.

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