Josi e Geferson: dois movimentos na base de Marcelo mostram jogo duro para federal

Deputados federais que querem a reeleição e novos nomes que buscam conquistar a vaga pela primeira vez se movimentam em busca de chances reais fora da sombra de quem tem mais poder

Geferson Barros e Josi Nunes
Descrição: Geferson Barros e Josi Nunes Crédito: Fotomontagem T1

A deputada Josi Nunes, histórica no PMDB - agora MDB, arrumou mesmo as malas e deixa o ninho que sempre foi seu rumo ao PROS - conforme anunciado nesta semana.

 

O secretário de Administração, Geferson Barros assinou ficha no PV para dar um salto interessante: de candidato a nada, até algumas semanas atrás, por não enxergar nenhuma sinalização neste sentido por parte do governador Marcelo Miranda, tornou-se pré-candidato a deputado federal pelas mãos da vice-governadora Cláudia Lelis.

 

O PV por sua vez, abandonou a retórica disputa por manter a vice de Marcelo (anunciada em café da manhã com jornalistas políticos lá atrás) para buscar a eleição da vice-governadora Cláudia Lelis a deputada estadual.

 

Os dois movimentos, de Josi e de Geferson, no entanto indicam apenas uma coisa. Como já tem sido cantado fartamente nos bastidores, no MDB tornou-se muito difícil a eleição de alguém além da primeira-dama Dulce Miranda. O poder da deputada dentro do governo lhe garante poder de influência mais do que suficiente para garantir com folga sua reeleição. O que assusta os colegas de bancada que se elegeram com ela.

 

O que Josi procura ao deixar o MDB é manter o mandato. O que Geferson tenta ao filiar-se ao PV é  ter chances de eleição.

 

O dilema que o partido do governador tem pela frente agora é com quem formar chapa competitiva que garanta os votos de legenda para federal. Lázaro Botelho, por sua vez, já anunciou bloco do seu PP com o PRB de César Halum, que é pré-candidato ao Senado.

 

A eleição para deputado federal vai se tornando por essas e outras, interessante, sob o ponto de vista de quem será capaz de formular uma articulação de chapa proporcional que garanta a eleição. Ou reeleição.

 

Na bancada federal vão ficando poucas dúvidas. 

 

De um lado, Professora Dorinha, bastante respeitada - e de longe uma das melhores representantes do Tocantins em Brasília - tem dificuldades jurídicas de disputar a reeleição. Nos bastidores o Democratas fala em substituí-la pelo marido, o empresário Fernando Rezende ou pelo filho. 

 

Vicente Júnior tem a situação mais confortável dentro do PR, comandado pelo pai, o senador Vicentinho Alves. Irajá Abreu tem o PSD sob o próprio comando. São os dois que assim como Dulce, podem considerar que estão com “o boi na sombra”. 

 

Eleição de deputado federal é dessas que no Tocantins ainda se define com uma rede extensa de prefeitos, vereadores e líderes, tempo de TV e dinheiro para campanha. 

 

Sobre esse último item, o limite que a justiça eleitoral impõe neste 2018 está bem abaixo do que os custos costumeiros de uma eleição. O que torna a missão mais difícil ainda para iniciantes.

 

Quem quiser aparecer para o eleitorado, precisa caprichar na pré-campanha. Sobre esta, pelo menos por enquanto, nada foi legislado.

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