Os blocos que tendem a se unir às vésperas do prazo final em Palmas

Nesta quarta-feira, 16, finaliza o prazo para que os partidos realizem suas convenções.

Sede da Prefeitura de Palmas
Descrição: Sede da Prefeitura de Palmas Crédito: Antônio Gonçalves/Prefeitura de Palmas

Diz um velho ditado que em política, o que tem prazo para acontecer, não acontece antes da data. Amanhã, quarta-feira, 16, finaliza o prazo para que os partidos realizem suas convenções.

 

Na capital, o Podemos de Alan Barbiero lançou chapa própria, já homologando os nomes de Alan Barbiero para prefeito e Michelline Cavalcante para vice. O PSOL fez a sua lançando o professor Bazolli e Maria Lúcia para vice. O PT por sua vez  lançou Vilela para prefeito, sem vice.

 

Experiente, o vereador Milton Néris, do PDT, marcou convenção para o último dia, 16. O PV que tinha inicialmente agendado para o dia 15, também adiou sua convenção para a data limite.

 

Na verdade, uma grande movimentação acontece nos bastidores desde a semana passada com os pré-candidatos de oposição conversando muito entre si.

 

Desde que anunciou a retirada do seu nome por falta de segurança jurídica -  uma demonstração de maturidade, que evita os constrangimentos da eleição passada -  o ex-prefeito Raul Filho tornou-se uma espécie de fiel da balança, convidado a discutir com quase todos os pré-candidatos de oposição.

 

Conversou com Jr. Geo, acompanhado de Valdemar Jr. antes do MDB definir que não teria candidato próprio. Tomou café com o deputado Osires Damaso (PSC). Com seu ativo político na capital, é um apoio cobiçado e embora afirme que marchará para onde o MDB definir, isso pode não acontecer, caso a legenda opte por apoiar Cinthia Ribeiro.

 

Senão vejamos...

 

Bloco de Cinthia tende a ser o maior

 

Na capital, independente de pesquisas que já começaram a divergir entre si e fabricar números, a liderança é da prefeita Cinthia Ribeiro.

 

Com ela marcham o Democratas da deputada federal Dorinha, o Patriota, com chapa proporcional liderada pelo vereador José do Lago Folha Filho, o Avante (que hora ensaia abrir e apoiar o pastor Eli Borges) e pode levar o MDB junto consigo, após as duras críticas do trio Rogério Freitas, Lúcio Campelo e Diogo Fernandes.

 

Pesa neste sentido a liderança e articulação do senador Eduardo Gomes.

 

Amastha tenta construir com PP de Ataídes e Kátia, mais PSD de Irajá

 

Como política não se faz sem lógica, o ex-prefeito Carlos Amastha (até aqui maior opositor da prefeita Cinthia Ribeiro, a quem entregou o cargo) trabalha para atrair para o palanque de Tiago Andrino, a senadora Kátia Abreu e o ex-senador Ataídes Oliveira. Este último também desafeto da prefeita, e pré-candidato a prefeito. O PP, entregue de última hora à senadora pela nacional, não teve êxito em montar chapa de vereadores. Mas tem tempo de TV, o que é muito importante.

 

O apoio na capital pode significar o apoio de Amastha ao partido no interior. Mesma moeda de troca que serviria ao senador Irajá, que comanda o PSD, também sem chapa em Palmas.

 

O terceiro aliado do grupo, pela lógica de fortalecer numa candidatura só os adversários do governador Mauro Carlesse na capital, seria Vicente Jr. que insiste em candidatura solo.

 

Geo e Marcelo Lélis conversam entre si, com MDB e partidos de esquerda

 

Anunciado como “o novo” nestas eleições e pontuando bem nas consultas internas de todos os partidos consultados pelo blog, vem o deputado estadual Júnior Geo, do Prós. Ele também tem conversado muito em busca de unir outros partidos em torno do seu nome.

 

A conversa que mais evolui, segundo vai nos bastidores, é com o PV de Marcelo Lélis, que discutiria a possibilidade de indicar a vice do deputado, mas ainda não entraram em acordo.

 

Ao buscar o MDB semana passada, Geo ouviu de Raul Filho que seu perfil “negacionista” da política e de ataque aos políticos tradicionais, afasta o apoio do ex-prefeito. Mas o apoio ainda não está descartado pelo MDB, que namora as possibilidades.

 

Milton Neris, Vilela, Ivory de Lira e a centro esquerda

 

Muito próximo do ex-prefeito Raul, o vereador Milton Néris luta para consolidar seu nome na liderança de um bloco de centro esquerda. Tem ao seu lado o fato de que o PDT tem como prioridade as capitais e as cidades com mais de 200 mil habitantes. Pode levar consigo o PT de Vilela e o PC do B de Germana, Dalat e Ivory de Lira, lançado candidato de última hora.

 

O bloco também conversa com Marcelo Lélis (que não gosta da denominação de centro esquerda para o PV) e com o próprio Jr. Geo. A esperança é a ultima que morre neste caso...

 

O sucesso deste grupo em disputar de fato a eleição em Palmas pode estar ligado a dois apoios: o de Raul, caso o MDB marche com Cinthia, a quem o ex-prefeito se recusa a apoiar. E o do vice-governador Wanderley Barbosa, que depende do apoio que o grupo governista definir na capital.

 

O governo, ora o governo...

 

Aí me perguntam: e o governo? Ora o governo por hora corre fora da eleição na capital, diferente de Gurupi, onde o governador apoia a ex-deputada federal Josi Nunes. Com direito a vídeo gravado.

 

O governo tem dois aliados se lançando na disputa: Osires Damaso(PSC) e Eli Borges (Solidariedade). Só que até agora não acenou apoio de fato a nenhum dos dois. Dificilmente as duas candidaturas se firmarão.

 

Estes dois, bolsonaristas, tendem a se unir ao último dos grupos: o liderado pela deputada estadual Vanda Monteiro, do PSL - que tem dinheiro e apoio para ser candidata em Palmas e nada a perder – e o empresário Gil Barison, que tenta crescer entre o empresariado como o novo Amastha.

 

 

Até nesta quarta-feira, 16, teremos as convenções, mas o segundo tempo mesmo desta primeira etapa, das definições, termina dia 26, data final de registro de chapas no TRE.

 

Até lá muita água corre por debaixo da ponte, até porque alguns partidos estão deixando nas suas atas, a brecha de poder compor. E mudar a história decidida nestas convenções.

 

Vamos aguardar para ver, de 17 nomes, quais realmente sobrarão na disputa por Palmas.

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