Sob nova direção, Câmara aumenta transparência e chama concurso: finalmente…

A aprovação do PCCS da Casa e a chamada do Concurso Público é um avanço e tanto, fruto do exercício do diálogo...

Vereador José do Lago Folha está no comando da Câmara
Descrição: Vereador José do Lago Folha está no comando da Câmara Crédito: Divulgação

O mês de junho trouxe uma notícia boa no legislativo palmense: o  anúncio da realização do concurso público na Câmara de Palmas. Não pelo número de vagas oferecidas. Afinal 43 novos postos de trabalho não significam muito no mercado de desempregados, mas pelo simbolismo, pela significância do passo à frente que é dado. 

 

Os comissionados continuarão a existir até pela característica que o legislativo tem de representação partidária. Quem garante a vaga, tem que carregar seu staff, uma obviedade que não tem por que incomodar. Afinal, este corpo funcional se renova a cada quatro anos, junto com os vereadores eleitos ou reeleitos. 

 

A aprovação do PCCS da Casa e a chamada do Concurso Público é um avanço e tanto, fruto do exercício do diálogo.

 

Falo em avanço após acompanhar durante muitos anos, décadas até, o legislativo palmense caminhando pela via do compadrio. Fosse na escolha de um prédio caro e inadequado para alugar, fosse no modus operandi da administração da Casa. Nada contra presidentes anteriores, que deram seu melhor. Mas é evidente que muitos trilharam caminhos censurados pelo cidadão mais atento, e pelo Tribunal de Contas.

 

Eleito num acordo com o grupo do prefeito Carlos Amastha, mesmo integrando os quadros do PSD de Irajá Abreu, que apoiou Raul Filho, o vereador José do Lago Folha Filho assumiu o comando da Câmara num terceiro mandato, com o olhar de quem conhece os meandros do Legislativo Palmense por dentro. Teve apoio para além da base do prefeito, fez os acordos necessários de partilha do poder e representação dentro da Casa e tem presidido a Mesa com jogo de cintura, buscando um equilíbrio nem sempre possível no jogo de forças que acontece alí.

 

A nova legislatura reúne um grupo interessante. Vai da leveza no estilo e nas palavras de um Júnior Geo, contrastando com a matreirice de um Milton Néris, acostumado a manobrar bem o regimento em favor de suas posições político partidárias. Os dois na oposição ao prefeito da capital.

 

Trouxe o novíssimo Tiago Andrino, da cúpula pensante do prefeito Amastha, para conviver com Ivory de Lira, ex-presidente da Casa, integrante da velha guarda e homem de frente do ex-prefeito Raul, maior adversário que Amastha encontrou no último pleito.

 

Tem vereadores de que chegam sem  muita experiência mas com muita vontade de aprender os meandros da política de representatividade, como Vandim da Cerâmica, e outros que parecem ter nascido para ocupar mandato, como o bem preparado Diogo Fernandes, que se cacifa com postura e projetos, a alçar voos maiores num próximo mandato.

 

Neste universo de representatividade, o presidente Folha chamou os maiores críticos do Legislativo para dentro da Câmara, mesmo que o Observatório Social continue com sua linha de análise e cobranças. Na presidência de Folha implanta-se também o Marco Jurídico e a Câmara da Capital se moderniza.

 

Além de um melhor controle interno dos processos legislativos, a mesa Diretora adota no geral, nestes primeiros seis meses, medidas de transparência na condução de despesas. 

 

Além do Concurso Público, que terá uma empresa licitada, com garantias reais de que realizará o certame sem mácula, outras contratações de serviços passarão por processos licitatórios.

 

Por mais que o perfil do vereador Folha, um homem simples, eleito pela região Norte de Palmas, não sugerisse que ele caminharia para modernizar a Casa, é isso que tem acontecido neste começo de nova legislatura.

 

Enfim, uma boa surpresa num cenário que tem sido marcado pelo desgaste.

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