Sobre estar com Covid-19 e processos de enfrentamento em busca da cura...

Escrevo para registrar nesse momento o quanto os bons pensamentos de vocês, meus amigos, colegas de trabalho, leitores e seguidores, têm me feito bem.

Crédito: Divulgação

Essas coisas só terminam quando de fato acabam... e a gente só deve comemorar no final, na cura. Penso que estou perto, que falta pouco, mas não sei ainda quantas noites de agonia.

 

Quantas vezes vou levantar para ir ao banheiro com a bomba de oxigênio ao lado. E lá chegando, quanto tempo vou conseguir ficar sem correr de volta e deitar urgente, com as pernas pra cima, saturando baixo, mesmo com o oxigênio ligado no cateter preso ao nariz.

 

Mas, estou mais forte, segundo os exames. A infecção vai diminuindo, segundo os índices do sangue e tudo agora é um processo de vencer a tosse, controlar a tosse que traz o desconforto.

 

Escrevo para registrar nesse momento o quanto os bons pensamentos de vocês, meus amigos, colegas de trabalho, leitores e seguidores, têm me feito bem.

 

A vida é energia. As energias do bem e da fé, de todas as rezas e de todas as crenças me atingem aqui o tempo todo.

 

Aqui eu me agarrei com as minhas. Com as cantigas em Yorùbá, que me acalmam na hora de dormir. As que cantei no Roncó, as que aprendi em Ifá, as que falam de Oxalá e o ar que eu respiro, ele, que é dono do ar.

 

E as cantigas de Nossa Senhora que eu tanto amo, me confortando, que meu amigo Zequinha me mandou.

 

Quando tudo isso passar vou contar para quem quiser ouvir as lições dessa doença bruta, traiçoeira e silenciosa para a minha vida. Talvez sirva para alguém.

 

Aos que estão tripudiando, zombando, levantando hipóteses: “ué, mas ela não estava em casa? Isso prova que isso, ou aquilo...” Cuidado! A maldade, a baixa vibração, alimenta doença. E essa é uma coisa que não desejo a ninguém.

 

Fugimos da Covid-19 por 13 meses. Trabalhando quando foi preciso na rua, cheia de cuidados. Me fechando em casa com a família quando achei que estava perigoso e a gente podia ficar quieto um pouco mais. Mas ela nos achou. Nos atingiu a todos! Graças a Deus poupou as crianças de sintomas mais duros. Graças a Deus minha companheira se recuperou primeiro. Cuidei dela seis dias antes de cair e fiquei em casa dando trabalho de quinta a sábado até internar no domingo, 25, à tarde, saturando baixo e tossindo muito.

 

Sigo meu processo de enfrentamento em busca da cura. Deus abençoe todos vocês! Em breve estaremos juntos, com todos os cuidados que esses tempos difíceis ainda vai requerer de nós.

 

Mas com grandeza e solidariedade de pessoas do bem! Que desejam o bem uns aos outros e com muita dose de humanidade.

 

Minha gratidão especial à minha família! Aos meus irmãos que tanto amo! À minha equipe! Que abraça o T1 e não deixa cair a peteca. À minha família de Santo! Em Palmas, em Senador Canedo, em São Paulo, Mairiporã! À benção! A Ogum que me carrega no colo desde o primeiro dia, a Osalà, meu pó que renova o ar para que eu respire todos os dias!

 

Até daqui a pouco, quando Deus assim permitir.

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