Um batalhão de 600 candidatos nas ruas e a chance de renovar a Câmara em 50%

Ninguém sabe se as eleições ainda serão em outubro, mas 20 partidos na capital conseguiram compor grupos de 30 candidatos a vereador cada. Vai ser uma guerra pelo voto do palmense.

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Descrição: Imagem ilustrativa Crédito: Divulgação/Veja Abril

O final do prazo de filiação para quem deseja disputar as eleições este ano fez travar nos bastidores uma verdadeira guerra por nomes - de lideranças de bairro, a sindicalistas, líderes religiosos, suplentes, ex-vereadores e gente dos movimentos sociais – com potencial de voto.

 

No “seca bagaço” 600 pretensos candidatos vão às ruas pedir o voto do eleitor, quando a quarentena permitir. Uma hipótese que encontra bastante apoio, o adiamento das eleições, por exemplo, para dezembro deste ano pode ajudar a campanha a sair das redes.

 

Se mantida a disputa para outubro, teremos 45 dias de campanha apertada e excludente, pois a grande maioria do eleitorado, não consegue acompanhar a disputa pelas redes sociais.

 

Com a prefeita, 150 candidatos a vereadores devem ir à disputa

 

O grupo da prefeita Cinthia Ribeiro ficou estruturado com o PSDB, legenda dela, abrigando quatro vereadores de mandato: Major Negreiros, Juscelino, Felipe Martins e Claudemir Portugal. A expectativa é que o grupo eleja três vereadores. Os de mandato levam a vantagem da estrutura que já dispõem.

 

O Democratas, da professora Dorinha, ficou com o presidente da Câmara, vereador Marilon Barbosa, Etinho Nordeste e vereador Felipão. Leva na bagagem também o filho do deputado Cleiton Cardoso e o filho do deputado federal Carlos Gaguim. É o “grupo da morte”, dizem nos bastidores. Ninguém tem vaga garantida.

 

Também com a prefeita, o Solidariedade colocará 30 candidatos nas ruas. Na ponta sai a líder de Cinthia Ribeiro, Laudecy Coimbra. O partido abriga também o ex-secretário Jaime Café, que tem o apoio do deputado estadual Wilmar do Detran.

 

No Patriota, ficou o vereador Folha, que ajudou o secretário Rogério Ramos a montar um time de candidatos com média entre 500 e 800 votos. Conta eleger dois e brigar pelo terceiro com a sobra. Se está sonhando alto, só o tempo dirá.

 

O avante ficou com um bloco de suplentes de vereadores, que temporariamente passaram pela Câmara. Nele estão Waldson, ex-Agesp, Irmão Jairo e Helinho, da Civil. 

 

Na oposição, quem tem candidato a prefeito tem mais chances de eleição

 

Nos partidos de oposição, tendem a ter mais chances os candidatos cujas legendas terão candidatos a prefeito. E aí não dá para desprezar os que são raposas na política.

 

Tiago Andrino, com o PSB, tem em Amastha o maior apoiador e construiu uma chapa sem vereadores. Conta fazer dois vereadores e sonha com o terceiro. Terá tempo de TV e fundo partidário. Dependerá do seu desempenho para ir mais longe.

 

O deputado Júnior Geo, do Pros, afirma que disputará e leva consigo Dr. Hudson, da Civil e Alex Moura, encabeçando o grupo de pré-candidatos. Faz um e pode fazer o segundo.

 

Do PSC surge nos bastidores a conversa que o vereador Vandinho da Cerâmica poderá disputar a prefeitura ao invés da vereança. Com o apoio do deputado federal Osires Damaso. A conferir.

 

O PSL, de Vanda Monteiro, traz como estrela principal o vereador Gerson, que pode ainda negociar a vice-prefeitura na chapa do PDT de Milton Néris.

 

No PRB, de Gil Barison, são duas chapas: a do empresário e a do DC (antigo PSDC), onde está o pastor Rogério, até aqui aliado da prefeita Cinthia Ribeiro, mas que terminará em palanque de outro candidato.

 

O MDB, que agora é de Raul Filho, vive um dilema. Condenado em recente ação penal que tem pena de prisão decretada e ainda vive período de recursos, Raul Filho leva junto consigo os experientes Rogério Freitas, Lúcio Campelo e Diogo Fernandes. Três vereadores de mandato. Se a candidatura não vingar, especula-se que o senador Eduardo Gomes poderá leva-los de volta ao palanque de Cinthia.

 

O PDT de Milton Néris – com uma ajuda nos últimos dias do vice-governador Wanderlei Barbosa – montou chapa consistente de candidatos a vereador. Ele tem a simpatia de colegas vereadores que estão em outros projetos. Se o seu vingar, pode fazer um arrastão na reta final.

 

O PP, agora da senadora Kátia Abreu, abrigou o senador Ataídes Oliveira. Tem igualmente tempo de TV, e recursos financeiros para uma campanha a prefeito, com chance de eleger vereador.

 

Na luta também está o Podemos, do professor Alan Barbiero, que construiu chapa de vereadores com tempo.

 

Sobra ainda o médico Joaquim Rocha, candidato pelo PMB, Partido da Mulher Brasileira. De performance que ainda é uma incógnita.

 

Partidos menores também vão em busca da legenda

 

Certamente outros partidos, sem candidatos a prefeito, também tem suas chances. É o caso do PL, do PT, PV, Cidadania e PC do B. Assunto para outro artigo mais à frente. Se a eleição contar com baixa taxa de abstenção, serão necessários em torno de 7 mil votos para fazer um vereador. Se a ausência de eleitores for grande, este número pode cair para 5 mil votantes.

 

Por hora, o que está certo é que teremos uma eleição bem disputada para vereadores. E a chance de renovar mais de 50% das cadeiras da Casa só com a retirada dos que não disputarão e dos que ficaram mal colocados em partidos muito competitivos. 

 

É esperar para ver como fica a data e o humor do eleitor.

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