Vereadores voltam às sessões: se fizerem política ao invés de ringue, vai dar certo!

Crédito: Mariana Ferreira

Os vereadores de Palmas retomaram as sessões na última terça-feira, 31, de forma presencial, ao invés de remota. É uma escolha arriscada, mas que parece ser a única possível, já que desde que a Casa mudou de prédio, os ajustes para o pleno funcionamento não foram feitos. Ou concluídos.

 

É o que se depreende para que numa semana em que o presidente Marilon Barbosa (Democratas)  dispensou os servidores com um novo decreto de ponto facultativo, o plenário volte a funcionar. A transmissão pelo canal do Youtube pelo menos permite que a população e a imprensa acompanhe os debates.

 

O nível dos debates é que pode consolidar, piorar ou melhorar a imagem dos parlamentares. E isso não tem relação com as opiniões ou posturas que cada um adote.

 

Legítimos representantes de segmentos da população de Palmas, que foi às urnas votar, os vereadores com mandato podem pensar e defender aquilo que bem entendam. Que o comércio abra, que o comércio feche, os critérios para que a cidade funcione.

 

Afinal, o parlamento é isso: um grande palco para que se debata ideias, articule apoios.

 

Isto é fazer política. O que o plenário da Casa não pode se tornar, e ao me referir a Plenário não me restrinjo ao espaço físico, mas a todo espaço das redes que se ampliaram na crise da Covid-19, é num ringue.

 

Até no ringue, existem regras para “bater”.

 

O nível do debate não pode nem deve ser rasteiro. A atuação política não pode ser criminosa. Os vereadores que mais se expuserem neste momento, são os que mais serão julgados pela opinião pública. Portanto, nem toda exposição é válida, ou contribui.

 

Neste momento de crise, cabe ao legislativo acompanhar ações, pedir explicações, acompanhar e fiscalizar os gastos. São palmenses privilegiados que se sentam nestas 19 cadeiras. O melhor jeito de honrá-las é trabalhando pelo bem da comunidade.

 

Reabrir os trabalhos para discutir a cidade, a crise, apontar e sugerir soluções é extremamente válido.

 

Nesta manhã, começaram a “limpar a pauta”. Mais que os penduricalhos que lotam as ordens do dia na maioria das vezes, o palmense precisará ver na Câmara um espelho das suas necessidades. Com prioridade, evidente, na Saúde Pública.

 

A MP que a prefeita Cinthia Ribeiro publicou, e que prevê remanejamento de R$ 26 milhões no orçamento para enfrentar a crise com ações de gestão na saúde, assistência social e segurança, foi recebida e encaminhada às comissões.

 

 É de olho nela, que deve virar lei, que a maioria dos palmenses estão, pois dela efetivamente virá todo tipo de socorro do poder público municipal. Que sua discussão seja a prioridade.

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