FIETO apresenta projeto para melhorar infraestrutura no transporte de cargas

Inciativa visa encurtar distâncias e garantir infraestrutura para polos de produção já existentes e áreas futuras. Inicialmente houve a apresentação das rotas pré-definidas como prioritárias

Fieto apresenta Projeto Micro Eixos
Descrição: Fieto apresenta Projeto Micro Eixos Crédito: Foto: Ademir

O projeto identificação dos Micro Eixos de Transporte de Cargas do Estado do Tocantins foi lançado na noite de ontem, 31, durante reunião na sede da Federação das Indústrias (FIETO), em Palmas, e que contou com a presença do presidente da instituição, Roberto Pires, do secretário  estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Alexandro de Castro Silva, que na ocasião representou o governador Marcelo Miranda, do titular da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Paulo Roberto Correia da Silva, empresários, autoridades estaduais, municipais, representantes sindicais da indústria, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), conselheiros e diretores do Sistema FIETO.

 

O estudo de desenvolvimento dos micro eixos tem como objetivo fazer a complementação do Projeto Norte Competitivo desenvolvendo um plano de prioridades estratégicas logísticas do transporte de cargas do Tocantins. Em sua apresentação, o consultor de transporte Olivier Girard, da empresa Micrologística contratada para desenvolver o estudo, informou que algumas vias estratégicas para o escoamento de produtos já foram destacadas nos estudos elaborados no projeto Norte Competitivo, entre elas a ferrovia Norte-Sul, a hidrovia Araguaia-Tocantins, BR 153, entre outras. Entretanto, este estudo irá priorizar uma pesquisa mais detalhada dos outros micro eixos de escoamento.

 

Paulo Roberto Silva, superintendente da SUDAM, destacou que um dos grandes problemas da Região Amazônica é a logística de transporte, e que uma vez resolvido permitirá a intensificação das trocas comerciais dos produtos regionais. Na sequência ele detalhou o processo de elaboração do projeto. “O primeiro passo foi o Projeto Norte Competitivo, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apresentou os micro eixos de transporte. Em seguida, foi realizado pela SUDAM um estudo com o objetivo de identificar como se encontrava a integração comercial entre os estados da Amazônia, por meio de um levantamento nas secretarias de Fazenda de cada um deles. A partir daí a SUDAM sentiu a necessidade de identificar com mais precisão os entraves de ordem logística que inviabilizam o processo de desenvolvimento da Amazônia, e então propôs a realização de estudos para identificar os micro eixos de transporte na região”, explicou Silva.

 

O presidente da FIETO observou que outros projetos, como o Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial, Plano Estratégico de Energia, Plano Estratégico de Capacitação de Mão de Obra e o Plano Estratégico de Comunicação e Tecnologia de Formação, ainda precisam ser elaborados para que a agenda do governo e das instituições envolvidas possa realmente transformar o Tocantins não apenas em eixo logístico, mas em um eixo de desenvolvimento que todos desejam ver. “Com esses estudos todos prontos acreditamos que teremos um diagnóstico da agenda que será implementada por todos os atores envolvidos no processo de alavancagem do Tocantins”, afirmou Pires, acrescentando tratar-se de um estado novo, em posição geográfica privilegiada, mas que precisa de um trabalho intenso para integrar todas as logísticas. “Só o fato de ser um estado no centro geodésico do país, próximo ao Porto de Itaqui, não vai simplesmente fazer com que a economia tocantinense prospere”. 

 

Já o secretário Alexandro de Castro disse acreditar que a partir do momento que esse estudo começa a pormenorizar e identificar os micro eixos, começa também a se aproximar de uma realidade e cumprir o objetivo do planejamento, que segundo ele é necessário, acontece, mas que as vezes prioriza equivocadamente, contra o eixo de desenvolvimento. “É por isso que trabalhos como esse, que está sendo desenvolvido no Tocantins e em outros estados da Amazônia, são essenciais não somente para o estado continuar com seu programa de infraestrutura, mas principalmente para o empresariado que precisa escoar a produção para outros mercados como os do sul e sudeste”, afirmou.

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