Instrutores do Senar receberão capacitações sobe baixa emissão de carbono

Tocantins fará parte da série de capacitações de instrutores do SENAR em tecnologia de baixa emissão de carbono que começa em junho

Tocantins fará parte da série de capacitações
Descrição: Tocantins fará parte da série de capacitações Crédito: Ascom

O Projeto Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) está cada vez mais próximo do produtor rural. Uma reunião com a missão técnica do Banco Mundial para a avaliação das ações do projeto, que começou nesta segunda-feira, 18, na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), em Brasília, definiu que as capacitações dos instrutores e dos produtores rurais nas tecnologias de baixa emissão de carbono começarão em junho e agosto, respectivamente. No encontro, que se estende até quarta-feira, 20, também está sendo acertado para agosto de 2016 o início da assistência técnica que o SENAR vai levar aos produtores dos 8 Estados participantes do Projeto ABC Cerrado, que inclui o Tocantins.

 

Os outros Estados atendidos serão Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais e o Distrito Federal, num período de três anos, com a promoção de quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas.

 

Além das duas entidades, participam da reunião representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa, parceiros do projeto. A abertura contou com a presença do secretário-executivo do SENAR, Daniel Carrara, do especialista em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, David Tuchschneider, do chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando do Amaral Pereira e do coordenador do Mapa, Sidney Medeiros.

 

“Levando ao produtor rural as práticas de agricultura de baixo carbono, com a assistência técnica e gerencial do SENAR, esperamos impulsionar a produtividade e a renda da classe “C” rural” afirmou Daniel Carrara.

 

Para David Tuchschneider, o ABC Cerrado é um projeto estratégico e uma das iniciativas mais audaciosas dentro do que ele considera um movimento de “agricultura inteligente” no mundo. “O ABC Cerrado significa uma oportunidade de aprendizagem para o Banco Mundial. O propósito dessa missão é discutir como antecipar algumas ações para que possamos cumprir com os objetivos do projeto”. Ele destacou ainda que o êxito do projeto deverá ser medido a partir de uma avaliação de impacto bem feita, algo que não acontece no Brasil e nem na maioria dos países.

 

O chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando do Amaral Pereira,  que a instituição está reformatando processos de capacitação internos para promover mudanças e atender as demandas do setor rural e da sociedade brasileira. “Estamos motivados com as novas diretrizes do projeto ABC Cerrado. A ideia é aproveitarmos essa oportunidade para realinhar processos e tornar as ações mais efetivas”.

 

Projeto ABC Cerrado

Ação conjunta do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Embrapa, o Projeto ABC Cerrado pretende incentivar e difundir a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno econômico mantendo o meio ambiente preservado. O SENAR será responsável pela formação profissional dos produtores nas tecnologias e pela assessoria em campo, com recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) – via Banco Mundial, que doou US$ 10,6 milhões para a execução do projeto.

 

O projeto prevê a realização de seminários de sensibilização e divulgação nos estados participantes, capacitação de produtores e gerentes de propriedades e instrutores do SENAR e, ainda, treinamento dos técnicos que atuarão na assessoria em campo para os produtores. Ao todo, 12 mil produtores rurais vão receber capacitação e desse total, 1.600 propriedades, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul terão, também, terão assistência técnica. Esses estabelecimentos terão o compromisso de executar uma das tecnologias aprendidas que serão transformadas em cases de estudo e vitrines tecnológicas.

 

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