Acompanhe em tempo real a sessão no Senado que pode afastar Dilma Rousseff

Estão previstas duas interrupções da sessão: às 12h, com retorno às 13h; e às 18h, com volta às 19h. A sessão de votação pode se estender até a madrugada de quinta-feira, 12

Senado avalia impeachment
Descrição: Senado avalia impeachment Crédito: Foto: Da Web

O plenário do Senado começou a votar, na manhã desta quarta-feira, 11, com uma hora de atraso, se aceita ou não iniciar o julgamento da denúncia que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. São necessários os votos da maioria simples da Casa, 41 dos 81 senadores, para o processo avançar. A sessão de votação pode se estender até a madrugada de quinta-feira, 12. Acompanhe logo abaixo detalhes da sessão em tempo real.

 

Caso o Senado acolha o pedido, a presidente é notificada e pode ficar afastada por até 180 dias. Se o julgamento não acabar nesse prazo, ela volta ao cargo. O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) assume a Presidência interinamente, com poderes plenos. Se os senadores decidirem não levar adiante a cassação do mandato de Dilma, a denúncia é arquivada e fica extinto o processo contra Dilma.

 

Os trabalhos começaram com a leitura da parte conclusiva do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Todos os 80 senadores, exceto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), podem discursar por um período de 10 a 15 minutos para justificar sua posição. Cerca de 65 senadores devem se manifestar. Calheiros espera que não mais do que 60 senadores se manifestem. A defesa de Dilma também tem o direito de se pronunciar. Só então a votação começa.

 

Acompanhe a sessão em tempo real:

10h02 - O presidente do Senado, Renan Calheiros inicia a sessão explicando como funcionará o processo e a votação. “Fazemos um rito para que a discussão e a decisão do Senado seja sóbria e rápida. É difícil garantir que seja uma decisão indolor, mas, ao menos, e tenho absoluta certeza e convicção, será uma decisão absolutamente republicana”.

10h15 - Senadora Vanessa Grazziotin – PC do B/AM se pronuncia na sessão.

10h18 – Começa a falar na tribuna a senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) - ”Subo nesta tribuna com indignação contra este julgamento contra a presidente da República. Infelizmente a elite deste país tenta novamente chegar ao poder sem o voto”.

10h28 – Gleisi Hoffmann apresenta questão de ordem “solicitando ao presidente que suspenda a votação por este Senado, do pedido de impeachment, até que haja manifestação do Supremo Tribunal Federal, sobre o mandado de segurança”.

10h30 – Senador Cássio Cuinha Lima (PSDB-PB) se pronuncia e pede que sessão de avaliação da admissibilidade do impeachment seja mantida. “Porque procrastinar? O país inteiro está nos assistindo. Apelo a vossa excelência que evite essas manobras e que a votação continue”.

10h35 – Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se pronuncia e critica denúncias contra Dilma. “O relatório do senador Anastasia é inepto”.

10h41 - Antônio Anastasia (PSDB-MG) se pronuncia e defende o relatório, apontando irregularidades.

10h49 - Renan Calheiros rejeita questão de ordem de Gleisi Hoffmann, que pedia a suspensão da sessão até julgamento de mandado de segurança impetrado pela AGU.

11h03 – Senadores entram em embate sobre a suspensão da sessão. Senadores do PT apresentam questões de ordem para paralisar a sessão até que haja decisão do STF sobre mandado de segurança impetrado pela AGU. Senadores de oposição apontam “procrastinação” e pedem que os pronunciamentos dos senadores inscritos para falar comecem.

11h15 - Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) se pronuncia sobre o atraso da sessão. “Já estamos à uma hora e meia de atraso. As questões de ordem foram respondidas. Acho que chegou o ponto de realmente darmos início a essa discussão, para termos a votação que é o que a sociedade brasileira espera”.

11h20 – Começam os pronunciamentos dos senadores inscritos para falar. Senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) é a primeira a se pronunciar. “Nenhum parlamentar ou gestor está acima da lei. A lei está acima de todos e é para todos. E é por este motivo que encaminho meu voto pela admissibilidade do impeachment”.

11h36 – Renan Calheiros agradece a presença e cumprimenta deputados federais presentes no Senado.

11h37 – Senador José Medeiros (PSD-MT) inicia seu pronunciamento. “Encaminho e declaro que vou votar pelo afastamento da presidente da República”.

11h53 – Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) usa a palavra na tribuna, se pronuncia sobre o processo e se afirma a favor do impeachment de Dilma. “Não tenho dúvidas de que esta Casa vai aprovar o afastamento da presidente Dilma e que o vice-presidente irá assumir, como manda a constituição. Este processo é irreversível, senhor presidente, porque a cidadania brasileira se levantou. É autônoma, livre, que não obedece a tutela de chamados movimentos sociais que são correias dirigidas pelo Partido dos Trabalhadores. A sociedade brasileira acordou e não vai voltar à passividade de antes. Dilma será afastada e não voltará mais, porque ela perdeu as condições de governar este país”.

12h05 – Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) faz seu pronunciamento no Senado. “Estou convencida de indícios dos crimes de responsabilidade da presidente. Por são Paulo e pelo Brasil, senhor presidente, o meu voto é sim!”.

12h16 - Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) inicia sua fala sobre o processo. “Chegou o grande dia! Hoje esta Casa, o Senado Federal, vai devolver ao povo brasileiro o seu país, tirando da garra do PT esta gestão. Quero aproveitar para falar com o presidente Michel Temer. Presidente, por favor, não decepcione o povo brasileiro. O seu governo terá meu apoio, mas não abrirei mão da minha prerrogativa de acompanhar as decisões para a melhoria do país. Finalizo dizendo que o meu voto, para o bem deste país, é sim pelo afastamento da presidente Dilma do poder, a partir de amanhã. O povo brasileiro não suporta mais essa corja administrando o país. Perdemos tudo, mas tudo tem começo meio e fim. E este governo chegará ao fim até hoje ou amanhã. Nós iremos tirar a caneta da mão desta senhora”.

12h31 - Renan Calheiros suspende a sessão para uma pausa. “Retomaremos nossos trabalhos às 13h30”.

14h34 - A sessão é retomada.

14h40 - O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) inicia seu pronunciamento. “Foram várias vezes que o Supremo foi provocado e a resposta é a mesma”, afirma o deputado se referindo às manifestações do Procurador Geral da União defendendo que o processo de impeachment está “correndo dentro das normas da união”. 

14h44 - Caiado apresenta gráficos que ele afirma ser a “realidade” das ações do governo Dilma. “Vamos mostrar aqui o verdadeiro golpe praticado pelo PT (...) o verdadeiro golpe é o desemprego”.

14h50 - O Senador Zeze Perrella (PTB-MG) inicia seu pronunciamento cumprimentando o presidente da Comissão Especial, Raimundo Lira e afirma que "não há nenhuma alegria no dia de hoje."

14h56 - Faltam 61 senadores inscritos se pronunciarem.

15h03 - Começa a se pronunciar a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO). A senadora cumprimenta o presidente da Comissão Raimundo Lira e o relator e defende rapidamente a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma. 

15h05 - Fala agora o senador Magno Malta (PR-ES). 

15h15 – O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) começa seu pronunciamento. "O lado certo da história é a democracia...”

15h38 - Senador Telmário Mota (PDT-RR) é o décimo segundo senador a discursar e o primeiro a defender a presidente da República, Dilma Rousseff, manifestando-se contra o impeachment.

16h19 - Simone Tebet (PMDB-MS) é a 15ª senadora a falar em Plenário. Ela é favorável ao impeachment e faz uma defesa ferrenha ao processo.

16h25 - Faltam 53 senadores inscritos para discursar. 

16h38 - Fala neste momento o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) que é favorável ao impeachment. 

16h47 - Valdir Raupp (PMDB-RO) pede que tempo de fala dos senadores seja reduzido para 5 ou 10 minutos. Humberto Costa (PT-PE) se manifesta contrário ao requerimento.

16h49 - Renan Calheiros disse que devido à falta de consenso, não vai colocar em votação o requerimento que pedia para diminuir o tempo de discurso dos senadores.

16h53 – A senadora Angela Portela (PT-RR) defende a presidente Dilma Rousseff e afirma que impeachment configura “afastamento forçado de adversário”. 

17h06 - Até o momento falaram 18 senadores na sessão de admissibilidade. Cada um usou tempo de 15 minutos. Há ainda 50 inscritos para discursar, o que deve levar doze horas e meia.

17h16 – Discursa neste momento o senador José Maranhão (PMDB-PB). 

17h55 - Renan Calheiros informa ao Plenário números da transparência do Senado Federal na sessão de admissibilidade do impeachment, proporcionada pelo sistema de comunicação da Casa e o crescimento nos acessos.]

18h18 - A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) foi a última senadora a ocupar a tribuna antes do intervalo previsto até às 19h.  

19h25 – Sessão é retomada e Renan Calheiros passa a palavra ao senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que se manifesta favorável ao impeachment.

19h38 – Senador Aécio Neves (PSDB-MG) se pronuncia sobre o processo e defende razões pelas quais é favorável à saída da presidente. "Não estamos aqui para votar contra uma pessoa, ou a favor ou contra um partido político. Estamos aqui hoje para cumprir com nosso dever constitucional".

19h54 – Senador Wilder Morais (PP-GO) usa a tribuna do senado para se pronunciar. “Não voto com alegria, mas com o dever. Nada pessoal contra a presidente, nunca estive com ela, mas o tempo a ser perdido já acabou. Voto sim ao procedimento de impeachment da presidente, por entender que ela cometeu sim uma série de crimes de responsabilidade”.

20h05 - Senador Alvaro Dias (PV-PR) se pronuncia sobre o processo.

20h20 – Renan Calheiros chama a atenção dos deputados federais presentes na sessão para que façam silêncio. “Nós estamos no Senado Federal e não na feira do passarinho. Me desculpem, eu não quero ser deselegante, mas nós não vamos repetir o espetáculo que tivemos na Câmara. Se não mantiverem o silêncio eu vou suspender a sessão”.

20h22 – Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) inicia seu pronunciamento.

20h35 - Senador Roberto Requião (PMDB-PR) usa a palavra e se pronuncia contra o impeachment. "Sou contra a besteira, a monumental asneira do impeachment da presidenta".

20h52 - Senador Marcelo Crivela (PRB - RJ) se pronuncia afirmando o pesar em votar pelo impeachment. “Voto pela abertura do processo de investigação, e se esse processo deve buscar a justiça, peço que sejamos justos e não justiceiros”.

20h57 – Senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) se pronuncia e defende eleições diretas. “Só a sabedoria do voto popular pode dar a resposta a esta crise política. Não aceitaremos retrocessos nas conquistas sociais que o povo já teve. Por isso meu voto será não”.

21h11 - Senador Lasier Martins (PDT-RS) faz seu pronunciamento.

21h26 - Senadora Vanessa Grazziotinn (PC do B – AM) faz seu pronunciamento. “A falta de justiça é o grande mal da nossa terra, palavras ditas por Rui Barbosa em 1914 e que ainda são atuais. O Senado está prestes a cometer hoje uma grande injustiça. Sou a favor do povo brasileiro, a favor da democracia e contra o golpe".

21h41 - Senador Reguffe (Sem partido/DF) faz seu pronunciamento e volta pela admissibilidade do impeachment.

21h55 - Senador Hélio José (PMDB-DF)inicia seu pronunciamento sobre o impeachment.

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