Amália Santana pede apuração sobre ação da PM contra Movimento da Luta pela Moradia

Deputada chamou ação contra ocupantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia da 905 Sul de truculenta e cobrou que sejam apurados os supostos abusos

A deputada estadual Amália Santana (PT) apresentou na sessão desta terça-feira, 17, da Assembleia Legislativa, um requerimento pedindo ao Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins, à Procuradoria Geral do Ministério Público Estadual e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa que apurem o uso de força física e de arma de fogo por parte de “alguns agentes públicos” contra integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia durante ocupação na quadra 905 Sul, em Palmas, no último domingo, 15.

 

Ela chamou a ação de truculenta. “O ocupantes se encontravam de forma pacífica na quadra 905 Sul. Após a chegada da polícia, iniciou-se uma discussão que resultou em uma sequencia de atos ilegais por parte da polícia, fazendo uso de força física e armas de fogos contra integrantes do movimento”, denunciou Amália.  

O deputado Zé Roberto (PT) também criticou a ação da PM e disse que está avaliando entrar com uma representação contra os agentes que participaram da ação. Ele subscreveu o requerimento de Amália e reforçou a necessidade de apuração dos fatos.

Entenda

 

Cerca de 300 famílias do movimento sem teto ocuparam lotes na quadra 905 sul em Palmas no início da manhã do último domingo, 15. A polícia foi até o local para retirar os manifestantes e seis pessoas acabaram detidas. O advogado do movimento Cristian Ribas definiu a intervenção como exagerada, mas a PM alegou resistência e desacato por parte dos manifestantes. 

 

Segundo participantes do movimento a ocupação teve início por volta das 5h da manhã, quando as famílias chegaram ao local e começaram a demarcar os lotes. Por volta das 10h a polícia militar teria chegado ao local com o batalhão de choque para fazer a retirada do grupo, porém, os manifestantes se recusaram a deixar o local e um tumulto se instalou. Seis pessoas foram detidas. 

 

Em nota, a Polícia Militar afirmou que foi até o local para negociar a retirada dos ocupantes de maneira pacífica mas, devido à resistência e desacato algumas pessoas foram detidas e encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil onde a ocorrência foi registrada como esbulho possessório, desacato e resistência. 

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