Amastha lança plano de governo e diz que, se eleito, vai enxugar a máquina pública

Amastha disse que atualmente o Estado gasta mais de 60% de seu orçamento somente com o pagamento da folha e que vai enxugar a máquina

Amastha lança Plano de Governo de sua majoritária
Descrição: Amastha lança Plano de Governo de sua majoritária Crédito: T1 Notícias

O ex-prefeito de Palmas e candidato a governador nas eleições de outubro, Carlos Amastha (PSB), apresentou na manhã desta terça-feira, 14, seu plano de governo à imprensa. Um dos pontos mais sustentado por ele, caso seja eleito, é o enxugamento das despesas do governo estadual. Amastha acredita que há recursos, o que falta é saber como usá-los. “Não é falta de recurso, é absolutamente falta de gestão”, disse.

 

O candidato afirmou que pretende diminuir, sem falar em números, a quantidade de servidores que atuam em pastas só para “agradar políticos” e que remanejamentos de pessoal são necessários, como policiais que não atuam na proteção de figuras políticas ou em serviços administrativos.

 

Amastha disse que atualmente o Estado gasta mais de 60% de seu orçamento somente com o pagamento da folha e acusou seu adversário no pleito, o atual governador Mauro Carlesse (PHS), de ter aumentando esse número após tomar posse, ao invés de ter diminuído, como propôs em campanha.

 

Ao ser questionado se diminuirá secretarias, caso eleito, para tornar efetiva a proposta de corte de gastos, Amastha garantiu que não será necessário e ponderou que muitas pastas são grandes e não funcionais, portanto, pretende diminuir algumas, mas que novas podem surgir. A Secretaria Extraordinária de Energias Renováveis é um exemplo.

 

Na coletiva, Amastha foi acompanhado por seu vice, Oswaldo Stival Júnior (PSDB), e do senador e candidato à reeleição, Ataídes Oliveira (PSDB). Os três falaram sobre projetos voltados para a economia e afirmaram que o plano de governo da majoritária vai colocar “o Tocantins em outro patamar de desenvolvimento”.

 

Ataídes acredita que isso é possível, diminuindo impostos através de incentivos fiscais, pontuou que vai cobrar essa pauta de Amastha, respeitando “quem já está aqui”, além da busca por recursos de fora. “O que me fez recuar de também concorrer ao governo é por acreditar que Amastha é uma pessoa com experiência para conseguir recursos”, afirmou Ataídes.

 

Descentralização

 

Para que esse desenvolvimento aconteça em todo Estado, Amastha aposta na “descentralização” de governo e pontuou que pretende criar 10 “Redes” de administração estadual. Cada rede representa uma região do Tocantins. “Nem tudo precisa passar por Palmas, essa descentralização implica na perda do poder central“ ressaltou.

 

Saúde e Segurança

 

Entre os seus projetos para a Saúde, Amastha pretende criar o “Programa Resolve Saúde”, assim como ele fez na gestão de Palmas com o “Resolve Palmas”, que consiste em ampliar o acesso ao atendimento médico e reduzir filas de espera em exames de média e alta complexidade.

 

Já na segurança, o candidato quer implantar o “Plano Integrado de Segurança Pública”, que segundo ele, deve fortalecer a proteção do cidadão integrando a Polícia Militar, SAMU, Guarda Metropolitana, Corpo de Bombeiros, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e demais entidades.  

 

Igeprev e Empréstimos

 

O T1 questionou o candidato sobre como resolver a situação atual do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), que acumula déficit de R$ 1 bilhão em recursos, e não foi citado no seu plano de governo. Amastha disse que vai enfrentar o problema, caso eleito. “Temos que enfrentar o problema, sempre a viúva paga a conta. O dia que faltar dinheiro, porque vamos faltar, todos nós vamos pagar a conta. Uma tristeza. Eu sou completamente contra esse nosso sistema de previdência. Absolutamente contra, mas acontece que eu não mando neste país. E a maneira de pensar de tirar essa gestão do município ou do Estado não é o que a maioria dos nossos governantes querem porque se lambuzam com esse dinheiro. Esses fundos deveriam ser administrados por gente grande com condições capazes de aplicar e condições de responder em uma eventual falha”, afirmou.  

 

Amastha acredita que o problema não se resolva nos próximos anos, mas garantiu que “dá para projetar para os próximos vintes anos, aumentando a contribuição tanto do governo quanto do servidor”, concluiu.

 

O T1 também o questionou sobre empréstimos para governar o Estado, concessões que os governos de Marcelo Miranda (MDB) e Carlesse vêm buscando junto com a Caixa Econômica e Banco do Brasil desde o ano passado. Amastha admitiu que não tem como governar sem os empréstimos, porém, certificou que nem todo gestor sabe usá-los. “O governo se alavancar com dinheiro emprestado não é necessário, é fundamental”.

 

Amastha acusou ex-gestores citados de quererem fazer política com dinheiro público. “R$ 1 milhão para cada prefeito? Gente qual é critério, quem disse que o prefeito precisa de R$ 1 milhão, o que prefeito precisa é de projeto para que a população desenvolvesse sua potencialidade”.

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