Amastha nega irregularidades e diz que instituições não respeitam a honra das pessoas

O ex-prefeito disse, em nota, que podem investigar tudo do seu mandato e da sua vida, que jamais encontrarão nada relacionado à corrupção, prevaricação, desvio, abuso ou má-fé.

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Em nota, o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) se posicionou nesta terça-feira, 21, sobre a Operação Carta Marcada, deflagrada pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União, na manhã desta terça-feira, 21. Amastha negou as irregularidades apontadas e disse que "pode investigar tudo do meu mandato e da minha vida, que jamais encontrarão nada relacionado a corrupção, prevaricação, desvio, abuso ou má-fé". 

 

Complementou que o direito de investigar é sagrado, mas o abuso deste direito (ou de qualquer outro) tem que ser rechaçado, "essa pirotecnia processual prejudica honras, trajetórias e famílias", relatou. 

 

Amastha afirmou que o seu jeito de fazer política é honesto. “Eu gosto de andar na rua, mostrar minha cara e conversar com as pessoas. Eu jamais me prestaria a qualquer papel que me impedisse de ter paz. A minha consciência não tem preço e eu não participo de jogo sujo”, acrescentou. 

 

Finalizou dizendo que o problema é que a conclusão vem tarde para aqueles cujas honras estão acima de tudo. "É exatamente por isso que jamais admitirei ver meu nome e meu legado sendo tratados irresponsavelmente e peço que vocês, que me acompanham, não se seduzam por essas narrativas mal intencionadas com objetivo de me derrubar. Eu só peço isso, porque o restante, como sempre foi na minha vida, deixa que eu provo!". 

 

Cleide Brandão, citada na operação, também se manifestou sobre a ação da PF. Por meio de seus advogados, comunicou que prestará maiores esclarecimentos mediante nota oficial. No entanto, adiantou que contribuirá com a Justiça a fim de comprovar que não tem nenhuma relação ou qualquer envolvimento nos crimes investigados.

 

Entenda o caso

 

Nesta terça-feira, 21,  pela manhã, a Polícia Federal deflagrou, em conjunto com a Controladoria Geral da União, a Operação Carta Marcada, cujo objetivo é desarticular um complexo esquema criminoso montado por agentes políticos, funcionários públicos e empresários para o direcionamento de licitações e desvio de recursos federais através de contratos de locação de veículos firmados por diversas secretarias municipais de Palmas. 

 

Aproximadamente 150 policiais federais cumprem 35 mandados judiciais, sendo oito de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4º Vara Federal do Tocantins. As ações estão sendo realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. 

 

As investigações apuram se empresários e servidores públicos, entre eles ex-secretários, teriam fraudado licitações para desviar recursos públicos destinados a locação de veículos. Os contratos investigados foram fechados em 2014, durante a gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). A suposta organização, composta por três núcleos distintos, é apontada pela polícia de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados.

 

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