Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta quinta-feira, 11, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) informou que o rompimento com a base do governador Marcelo Miranda na Assembleia Legislativa, confirmada ontem, 10, ocorreu em conformidade com a decisão do seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT). “Não fui eu que tomei essa decisão como parlamentar. O partido, a instituição partidária, toma uma posição e eu sou eleito pelo partido. O partido tomou uma decisão em função de outras decisões que o governo também tomou. É uma questão natural”, explicou o deputado.
Mourão, que já foi líder do governo na Assembleia, esclareceu que o posicionamento não ocorreu por motivos pessoais e que apesar de respeitar o governador, tem a obrigação de continuar cobrando. “Continuarei amigo, respeito o Marcelo, ele sabe disso, mas há o processo programático de um partido que tem uma visão diferente da que o atual governo está tendo”.
O deputado reafirmou o bom diálogo com o governo, mas ressaltou a mudança na gestão que está sendo feita. “O que temos que fazer agora é, de maneira respeitosa e construtiva, pensar o Estado que possa ser transformado. Esse que está aí, a sociedade como um todo não deseja. A forma que está sendo feita a gestão. Continuarei opinando, continuarei de forma respeitosa, mas terei opiniões diferentes”, afirmou Mourão.
Alianças partidárias
Sobre a aproximação maior do PMDB de Marcelo Miranda com o PV da vice-governadora Cláudia Lelis, e o PR do senador Vicentinho Alves, o deputado avaliou que são composições partidárias naturais que ocorrem em nível nacional, mas que o PT não compactua. “Essas alianças também são em nível nacional. O PMDB era um aliado que está agora tomando uma postura de propagandista com total reverso do que o Partido dos Trabalhadores tinha como políticas públicas prioritárias. E em nível nacional eles tem seus apoiadores, o PR, o PV e tantos outros. Aqui no Estado as mesmas composições ocorrem. É natural da política isso”, argumentou o parlamentar.
Trajetória política
O parlamentar ainda relembrou sua postura enquanto atuou como líder do governo. “Fiz cobranças como líder de governo como líder nenhum fez. Tivemos momentos de enfrentamento, as cobranças que fiz, na história do Tocantins, nenhum líder de governo falou o que falei. Minha preocupação sempre foi com o Estado”, ressaltou.
A orientação dos Partidos dos Trabalhadores para deixar a base do governo Marcelo Miranda é resultado da resolução aprovada no congresso estadual deste último fim de semana, quando o deputado José Roberto foi eleito como presidente do partido no Tocantins.
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