Após se acorrentar e ameaçar greve de fome, Amastha consegue ser recebido pela CGU

O superintendente disse que a CGU está aberta a qualquer pessoa que queira se manifestar como Amastha e que vai dar o encaminhamento solicitado pelo ex-prefeito

Amastha é recebido
Descrição: Amastha é recebido

Para conseguir ser recebido pelo superintendente regional da Controladoria-Geral da União (CGU), Leandro da Cruz Alves, o ex-prefeito Amastha teve que se acorrentar em frente ao prédio do órgão e ameaçar fazer greve de fome, nesta segunda-feira, 27. Depois de ter sido recebido, declarou ao T1 Notícias: “mais acorrentado e humilhado do que eu fiquei esses dias depois dessa operação é impossível; não estou aqui para impedir a investigação; muito pelo contrário, estou pedindo que a investigação seja ampliada e para que a gente não fique com essa suspeição durante tanto tempo, como aconteceu com a operação Nosotros, lá atrás”.

O ex-prefeito entregou uma série de documentação que, segundo ele, comprova a lisura de todos os seus atos no que se refere à contração de veículos, durante sua gestão, em 2014. Ele espera que toda a situação seja apurada o mais rapidamente possível, para que não paire nenhuma dúvida que tudo transcorreu dentro da legalidade.

 

“O senhor Carlos Amastha pode sempre vir aqui e protocolar suas manifestações, a CGU está aberta a qualquer pessoa que queira fazer isso, e nós vamos dar o encaminhamento", disse o superintendente após o encontro.

 

Entenda

 

Na última sexta-feira, 24, Amastha havia deixado um pedido por escrito afixado na entrada do prédio da CGU, porque o órgão estava fechado. No documento, ele exigia explicações do superintendente Leandro da Cruz Alves sobre o seu envolvimento na referida operação.

 

“Estou exigindo que o superintendente tenha dignidade de reconhecer que causou um prejuízo enorme à sociedade e que mostre para a imprensa se isso tem veracidade ou não”, afirmou na oportunidade.

 

Amastha lembrou que quando a Polícia Federal fez busca e apreensão em sua residência no dia 21 passado, não lhe foi dado o direito de se defender. Ele disse que se sentiu violentado naquela ação e que sua honra e a de outras pessoas citadas na operação foram feridas naquele momento.

 

O ex-prefeito chegou a admitir que abandonaria a vida pública, caso o superintendente mostrasse uma prova sequer que o colocasse como suspeito de ter feito qualquer coisa errada.

 

No ofício protocolado na CGU, Amastha expressou inconformidade ao relatório do órgão, o que segundo ele, levou as autoridades ao “erro”, informando que houvesse pagamento a maior no contrato de locação de veículos.

 

Operação Nosotros

 

Em 2016, poucos dias antes das eleições, o ex-prefeito afirma que sofreu um processo parecido e que agora não vai novamente passar pela mesma situação ao se referir à ‘Operação Nosotros’, que investigava uma suposta fraude envolvendo o processo de licitação do BRT-Palmas no valor aproximado R$ 260 milhões, com possível repasse de informações privilegiadas para empresas que participaram da concorrência.

 

Amastha teve que esperar quatro anos para que o Ministério Público Federal reconhecesse que ele não havia praticado irregularidades, arquivando o processo.



 

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