A bancada tocantinense na Câmara dos Deputados e no Senado passará a fiscalizar neste ano como foi a aplicação dos recursos destinados para o Estado do Tocantins e os 139 municípios para o combate à pandemia.
Uma reunião neste sentido acontece nesta tarde, pela plataforma Zoom, coordenada pela Senadora Kátia Abreu, que lidera a bancada.
“Durante 2021 foram mais de R$ 861,29 milhões destinados ao Estado, e R$ 534,78 milhões destinados aos municípios para o combate à pandemia”, explicou ela ao T1 Notícias em entrevista exclusiva na manhã desta terça-feira, 19. O valor total designado ao Tocantins foi de R$ 1,396 bilhão.
“Nós não íamos, como diz o ditado, trocar o pneu com o carro andando. Primeiro nos empenhamos e enviar os recursos, e depois, neste segundo momento, vamos fiscalizar sua aplicação que também é atribuição nossa”, justifica Kátia Abreu.
Os recursos enviados pelo governo federal, e emendas de bancada não foram apenas para ações de saúde. “Liberamos recursos para a Saúde e para a Ação Social, para permitir que pessoas de baixa renda fossem ajudadas pelo poder público”, conta ela.
Segundo a senadora, mesmo com a pandemia, 2020 foi um ano de muito trabalho para senadores e deputados. “Nós trabalhamos inclusive aos sábados, via forma remota, algo que não acontecia com as sessões presenciais”, relembra.
Novo ano, ações para a saúde das mulheres
Particularmente sobre seu trabalho parlamentar, a senadora lembrou que fez as transferências de recursos necessárias para as cirurgias do programa Catarata Zero, suficientes para 8 mil cirurgias, o que atende 4 mil pessoas. “São duas cirurgias por pessoa, pois são dois olhos. É assim que é feita a contagem. Estimei que 2% da população poderia ter problemas com catarata, que é o dado de referência da OMS. Vamos trabalhar para concluir o programa e zerar esse problema no nosso Estado”, disse Kátia Abreu.
Para o ano novo, a senadora pretende se concentrar em atender as cirurgias eletivas de média complexidade para as mulheres tocantinenses sem condições para fazer. “Vamos utilizar os hospitais municipais com condições. O Estado tem cerca de 30, mas 10 deles estão em condições de operar. Vou trabalhar com ginecologistas e obstetras como fiz com os oftalmo”, adianta.
Períneo, laqueaduras, cirurgia para retirada de útero para quem tem problemas com miomas serão prioritárias. “Mas quero entrar com recursos para um programa de prevenção à gravidez indesejada, que é o procedimento para colocar o DIU”, antecipa.
Contra o aborto, a senadora esclarece: “sou contra o ato, nunca contra as mulheres que o fazem. Para ajuda-las a evitar uma gravidez não programada, prefiro investir no método contraceptivo”.
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