Os deputados Estaduais chegaram a conclusão de que o Plano Estadual de Educação (PEE) ficou mais “democrático” com a exclusão dos termos diversidade e gênero. Para a maioria deles é preciso preservar os valores da família tradicional.
O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) lembrou que o Estado é laico mas para ele “antes de tudo somos cristãos”. Segundo Eduardo as famílias têm na escola um apoio imprescindível e fundamental e por isso é preciso defender a família no ambiente escolar.
“A escola, a família, as igrejas é que estão clamando que a gente chame atenção que precisamos de um projeto nacional para defender acima de tudo a nossa família. Ninguém está obrigado a ser submetido à religião e também ninguém está obrigado a qualquer outra imposição”, explicou o deputado ao lembrar a imagem precária da estrutura das escolas do Brasil.
Na opinião do deputado Ricardo Ayres (PSB) a abordagem específica do tema gênero não é própria. “Não temos profissionais preparados para essa discussão, defendo a liberdade do ensino e a abordagem deve acontecer mas dentro dos aspectos da história, geografia ou mesmo da própria biologia ou ciências. Mas não abordagem específica”, justificou.
Petistas fecham consenso em evitar temas da diversidade
O deputado Paulo Mourão (PT) concordou com Ayres. “Será que os nossos professores tem condições de substituir o pai e a mãe? Não somos contra a política de gênero, mas também não vamos aceitar a exclusão de quem quer seja. Vamos colocar a família sempre em primeiro lugar”, disse.
O deputado Zé Roberto (PT) explicou que na Assembleia Legislativa “não da para ser do jeito que um ou outro quer” e que tem que ter um consenso. “Nos últimos três dias dialogamos bastante e fizemos uma redação que atende aos setores da sociedade”, pontuou.
A deputada Valderez Castelo Branco (PP) disse que “todos são filhos de Deus” e para ela o respeito deve ser a todos por isso generalizar. “Temos que levar a inclusão como um todo e para mim essa ideia de gênero é uma agressão e invasão da família”, finalizou.
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