Congressistas tocantinenses comentam falas de Bolsonaro; Osires Damaso sai a favor

O deputado Osires Damaso foi o único que saiu em defesa aberta do presidente Jair Bolsonaro. Ele acha que o isolamento social tem que ser menos severo. Já o senador Eduardo Gomes manteve o silêncio.

Crédito: Da Web

Dos 11 congressistas tocantinenses, apenas cinco se manifestaram esta quarta-feira, 25, com relação ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro em cadeia nacional de televisão na noite desta terça-feira, 24, de flexibilizar o isolamento social, sob a alegação que o país corre serio risco de um colapso econômico.

 

O deputado federal Osires Damaso (PSC) concorda com o pensamento do presidente de Bolsonaro ao observar que ele (Bolsonaro) está preocupado não com a situação econômica do país, mas com a vida financeira das pessoas. “Do jeito que está esse isolamento, daqui uns dias os trabalhadores não vão ter nem o que comer”, afirma o parlamentar.

 

Damaso avalia que a situação de pandemia está levando a uma crise em cadeia e, se não houver maturidade das autoridades na questão do isolamento, o Brasil corre o risco de um desabastecimento. “O presidente é muito criticado pelos seus opositores para ver se o derruba, mas eu o vejo como um estadista de boas intenções”, afirmou Damaso ao defender o presidente Bolsonaro.

 

Ele acha que o isolamento social deve ser mantido mais fortemente, mas para as pessoas do grupo de risco, como idosos acima de 60 anos e aquelas que têm alguma doença crônica. ”Pessoas jovens e sadias não precisam de isolamento social; precisam de mais cuidados, usarem equipamentos de proteção individual e evitar aglomerações em espaços fechados, principalmente”, argumentou o parlamentar.

 

Damaso reconhece que a pandemia é um caso muito sério, que exige todos os cuidados necessários. “A população resistiria trinta dias fechada em casa, sem trabalhar”?, questiona o deputado. Ele acha que a situação exige muito cuidado, mas não vê não histeria nem de pânico generalizado. “Ninguém sobrevive sem produção”, especula, ao reiterar a necessidade de menos rigor com o isolamento.

 

A deputada federal Dulce Miranda (MDB) disse que, embora respeite o pronunciamento do presidente Bolsonaro, continua seguindo as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. “Eu, minha família e meus colaboradores do gabinete, seguiremos as orientações, recomendações e determinações dessas duas instituições”, sustentou a emedebista.

 

No seu entendimento, todos juntos poderemos recuperar uma economia. Os anais da história, segundo ela, mostram que o mundo atravessou com sucesso inúmeras recessões econômicas, a mais recente em 2008.

 

A parlamentar elogiou o trabalho de todo profissionais da área da saúde que, no seu entendimento, têm feito um extraordinário trabalho, colocando inclusive a própria vida em risco para salvar outras vidas.

 

O senador Eduardo Gomes (MDB), por ser o líder do presidente do Bolsonaro no Congresso Nacional, não comentou decisão do Executivo. “Isso é função para o porta-voz da Presidência”, disse a assessoria do senador.

 

A senadora Kátia Abreu foi às redes sociais para criticar o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, feito em rede nacional de rádio e TV, na noite dessa terça-feira, 24. No twitter, Kátia citou o convite do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, para todos assistirem o pronunciamento do pai. O convite teria sido feito durante a sessão online do Senado realizada na terça.

 

Em seguida a senadora criticou o presidente pela fala. “Francamente senador, não é possível que um jovem como você pode concordar com essa atrocidade; eu ainda tive esperanças no seu convite; decepção total”, escreveu a senadora no post.

 

No raciocínio do deputado federal Tiago Dimas (PL), o Brasil está em guerra contra um inimigo invisível, sorrateiro e que já matou milhares no mundo. “Apenas a união e bom senso de quem comando o aparato estatal podem superar isso; vamos respeitar a medicina”, resumiu o parlamentar.

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