A insegurança vivenciada pelos moradores de Araguaína foi tema abordado pelos deputados na manhã desta terça-feira, 26, na Assembleia Legislativa (AL). O deputado Jorge Frederico (SD) iniciou a discussão lembrando que “a cidade passa por um momento de crise com fatos de terrorismo” e apresentou requerimento solicitando o auxílio da Polícia Militar no sentido de fazer barreiras em todas as entradas e saídas do Município.
“Araguaína se tornou um caos total. O cidadão tem medo de sair às ruas e por isso conclamo ao comando da PM que façamos barreiras nas entradas e saídas da cidade”, disse o deputado ao se mostrar preocupado com o impacto que a violência pode causar no crescimento da cidade e do Estado. “Se Araguaína parar de crescer o Tocantins para de crescer”.
Já o deputado Elenil da Penha (PMDB) lembrou que a insegurança vivida em Araguaína não é de hoje. “Em Araguaína nós já tivemos vereadores que foram alvejados, já tivemos prefeitos assassinados. Todos os prefeitos que alí passaram buscaram fazer a sua parte e hoje creio que a discussão para resolver o problema deve ser profunda”, ressaltou.
O deputado Olyntho Neto (PSDB) relatou que nos últimos dez dias foram mais de seis atentados na cidade que resultaram em cinco mortes. “É preciso chegar no entendimento do que pode ser feito para melhorar a segurança pública da cidade”, disse.
A deputada Valderez Castelo Branco (PP), que já foi prefeita de Araguaína, lembrou do sistema de monitoramento que implantou em sua gestão e que permitia um acompanhamento integrado ao quartel da PM e pediu que os deputados façam juntos o pedido para colocar um portal de segurança para que se resolva o problema.
O deputado Eduardo Siqueira (PTB) também deu sua contribuição no debate e lembrou a atuação do Major Silva Neto no comando da PM na Cidade. “O bandido não gosta de encostar onde tem um comandante duro, cumpridor da lei”, disse o deputado que lembrou ainda sobre a grande quantidade de assassinatos que acontecem no Brasil atualmente. “Vejam os números com os quais nós convivemos no Brasil, são 50 mil mortes por assassinato ao ano”, informou.
Desarmamento
Tanto a deputada Valderez quanto o deputado Jorge Frederico falaram sobre o desarmamento da população. “O desarmamento fez com que o bandido já saiba que vai assaltar compreendendo que o cidadão está desarmado”, disse Jorge Frederico.
Já o deputado Ricardo Ayres (PSB) falou de sua posição a favor do desarmamento. “Respeito a posição, mas vejo que para alcançar o resultado pretendido isso não vai se dar armando as pessoas. O que precisamos é da nossa polícia bem armada, bem remunerada”, ressaltou.
Os deputados Elenil da Penha e Olyntho Neto rebateram a opinião de Ayres e lembraram que a população quer o direito de se armar. "Em países onde se tem o porte de arma para o cidadão comum a criminalidade é muito, mas muito menor", disse Olyntho.
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