Deputados negam que existam assessores parlamentares fantasmas em suas equipes

Divisão Especializada em Investigações Criminais cumpriu mandados de busca apreensão na casa de dois assessores parlamentares em Araguaína nesta sexta-feira

Mandados foram cumpridos nas residências dos investigados
Descrição: Mandados foram cumpridos nas residências dos investigados Crédito: Divulgação

As residências de dois assessores parlamentares de deputados da Assembleia Legislativa do Tocantins foram alvo de mandados de busca e apreensão de documentos, computadores e outros dispositivos eletrônicos, cumpridos na manhã desta sexta-feira, 20, por policiais da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC), em Araguaína, no Norte do Estado. Os assessores estariam lotados nos gabinetes dos deputados Olyntho Neto (PSDB) e Jorge Frederico (MDB).

 

A Polícia Civil investiga se os dois funcionários dos deputados estão cumprindo com a agenda de trabalho de assessores parlamentares ou se os dois recebiam salários sem exercer as funções administrativas referentes ao cargo.

 

Os deputados negam que tenham funcionários fantasmas em seus gabinetes. Por meio de sua assessoria, Jorge Frederico informou que todos os assessores lotados em meu gabinete exercem suas funções de acordo com a legislação e ordenamento vigentes. “Sempre prestei meu trabalho pautado pelo respeito ao que é público e cobro isso dos servidores que comigo prestam serviços à população do Tocantins. Não há servidores fantasmas lotados em meu gabinete, o que ficará comprovado”, afirmou.

 

Olyntho Neto, também em nota, informou que todos os servidores que prestam serviço ao gabinete estão em conformidade com a legislação e a regulamentação vigente. “O parlamentar afirma que confia e respeita o Poder Judiciário e por isso, não comenta ações que tramitam em segredo de Justiça”, diz anota.

 

Investigação

 

A Polícia Civil informou que foram identificados dois assessores não cumpriam agenda de trabalho de acordo com a lotação a que foram nomeados. As ações fazem parte da Operação Catarse, que investiga supostas contratações de servidores no Executivo e Legislativo do Estado sem a devida comprovação de atividades públicas. Um dos investigados, nomeado desde 2016, estaria trabalhando como segurança em estabelecimentos comerciais, e recebendo da Assembleia Legislativa salário bruto de R$ 3,8 mil.

 

O outro investigado é um ex-vereador de Araguaína, e estaria atuando atualmente como comerciante, e recebendo desde 2015, salários de R$ 3.350,00.  “Em ambos os casos, os suspeitos não conseguiram provar que exercem atividade de assessoramento parlamentar. Em uma das residências, encontramos um documento semelhante a um relatório de atividades a ser encaminhado à Assembleia Legislativa, porém o documento estava em branco”, ressaltou o delegado Bruno Boaventura, que comandou a ação.

 

Segundo a polícia, depois de analisar os documentos apreendidos, os dois suspeitos serão intimados a depor.  

 

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