Por 3 votos a 2, foram rejeitadas, na manhã desta segunda-feira, 1º, os destaques apresentados pelo vereador Tiago Andrino (PSB), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do PreviPalmas, na última sexta-feira, 28. As solicitações do parlamentar pediam a exclusão do relatório dos nomes do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), e do ex-secretário de finanças, Cristian Zini, como sendo parte dos responsáveis indiretos pelo rombo de R$50 milhões no PreviPalmas.
Votaram contra os vereadores Milton Neris (PP), Laudecy Coimbra (SD) e Vandim do Povo (DC). Já a favor, o próprio Andrino e o vereador Folha (PSD), que ocupava a posição de membro titular na ausência do parlamentar Gerson Alves (PSL).
Segundoo presidente da Comissão, Milton Neris, o documento será encaminhado agora para órgãos como Polícia Federal, Ministério Público, Prefeitura de Palmas, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Procuradoria Geral da República e órgãos de investigação dos estados do Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os argumentos de Andrino para o pedido de exclusão, foram que a CPI não apresentou provas concretas da participação dos dois e que ocupar um cargo de gestor ou diretor de órgão público não pode ser motivo para a responsabilização. "A participação do secretário foi mínima, a decisão de fazer o investimento não compete a ele e sim aos diretores do Instituto, ele apenas liberava por meio de assinatura" disse sobre a participação de Zini.
Já sobre a atuação do ex-prefeito, Andrino disse que o lobista Elton Lyra, ouvido no dia 7 de maio no Pará, falou em seu depoimento que Palmas era governada por um "colombiano que não permitia nada de errado" e afirmou que "em nenhuma das oitivas o ex-prefeito foi citado". Para Andrino a responsabilização de Amastha apontada no relatório foi feita por meio de 'presunções'.
Defesa Prévia
Para a relatora do processo, a vereadora Laudecy Coimbra, as emendas de Andrino eram uma tentativa de defesa prévia do ex-prefeito e do ex-secretário e refutou a fala do parlamentar sobre Carlos Amastha não ter sido citado no processo, dizendo que ele foi sim, mencionado nos depoimentos de Elton Lyra e dos membros da Reag.
Ainda para Laudecy, o gestor tem que ser responsável pelos bônus, mas também pelos ônus de uma cidade. "Acho muito conveniente quando o ex-prefeito usa as redes sociais dele para falar das coisas boas que fez na cidade. O gestor é gestor de tudo, se ele é responsável pelas benfeitorias, porque ele não pode ser responsável pelos malefícios?" questionou.
Entenda
O texto final do relatório atribuiu como responsáveis diretos pelo prejuízo causado ao PreviPalmas, Maxiciliane Machado Fleury, Cristian Zini, Fábio Costa Martins e a Caixa Econômica. A lista contém ainda 14 nomes, entre eles o do ex-prefeito Carlos Amastha, citado como responsável indireto, pelo fato de ter indicado para os cargos de Secretário e presidente do Instituto pessoas sem perfil técnico para as atribuições.
Relação completa dos citados no relatório:
Maxiciliane Machado Fleury
Fábio Costa Martins
Cristian Zini Amorim
Danielle Rodrigues dos Santos
Carlos Henrique Franco Amastha
Caixa Econômica Federal
Reag Gestora de Recursos
Tercon Investimentos
Reag Administradora de Recursos
Austro Administradora de Recursos
CM Capital Makets
LAD capital gestora de recursos
MHFT Investimentos
ICLA Trust
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