Dulce muda voto em 24 horas, apóia redução da maioridade penal e justifica

Deputada encaminhou nota afirmando que votou duas matérias diferentes. Na 3ª havia votado contra a redução da maioridade penal, no entanto, após mudanças no texto Dulce votou a favor.

Dulce votou a favor de redução da maioridade penal
Descrição: Dulce votou a favor de redução da maioridade penal Crédito: Ascom

A deputada federal Dulce Miranda que na votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da redução da maioridade penal da última terça-feira, 30, havia votado contra e na última votação no Plenário da Câmara dos Deputados foi a favor, encaminhou uma nota para explicar seu posicionamento.

 

“Não mudei o voto”, afirmou Dulce. A deputada disse que na última terça-feira, votou um texto de PEC e na noite da última quarta era outro texto. “Eu votei uma matéria diferente da que foi apreciada pelo plenário, na noite de terça”, explicou.

 

 

Confira a nota da deputada Dulce Miranda na íntegra:

 

Nota

 

Hoje, recebi várias mensagens perguntando o motivo pelo qual mudei o meu voto na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da redução da maioridade penal. Em respeito ao meu povo tocantinense, que me elegeu e deu o direito de representá-lo, informo que não mudei o voto. Na última terça-feira, votei um texto de PEC e na noite desta quarta era outro texto. Eu votei uma matéria diferente da que foi apreciada pelo plenário, na noite de terça.

 

No primeiro texto substitutivo votado, existiam pontos que não me deixavam confortável para votar a favor da redução da maioridade penal. A emenda votada ontem, deixa de fora da redução da maioridade outros crimes previstos no texto rejeitado na terça-feira, como roubo qualificado, tortura, tráfico de drogas e lesão corporal grave.

 

No novo texto, fica mantido, a regra de cumprimento da pena em estabelecimento separado dos destinados aos maiores de 18 anos e dos menores inimputáveis. A União, os estados e o Distrito Federal serão responsáveis pela criação desses estabelecimentos diferenciados.

 

A Câmara é uma Casa democrática e representa o povo. O mais sensato a fazer é dar uma resposta à sociedade, mas de uma maneira sóbria e responsável. É bastante razoável reduzir a maioridade para os crimes contra a vida. Esse é um meio termo, separar os crimes de menor potencial dos que ceifam a vida. Sou e sempre serei uma ferrenha defensora da vida, nada é mais sagrado do que a vida e ninguém tem o direito de atentar contra a vida do seu semelhante.

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