Eduardo cobra governo sobre consignados que não foram repassados aos bancos

Deputado criticou o governo do Estado na sessão desta quarta-feira, 24, na Assembleia Legislativa e questionou para onde foram destinados os recursos retirados das contas dos servidores

Deputado estadual Eduardo Siqueira Campos
Descrição: Deputado estadual Eduardo Siqueira Campos Crédito: Foto: Dicom/AL

O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) apresentou requerimento na manhã desta quarta-feira, 24, na Assembleia Legislativa, onde cobra do governo do Estado explicações para o fato de que vem descontando dos servidores as parcelas devidas por empréstimos consignados em folha, sem no entanto repassá-los aos bancos. O problema envolve tanto o Plansaúde quanto as instituições bancárias. O deputado ainda pede explicações sobre a destinação dos recursos, que segundo o parlamentar foram economizados com a suspensão do pagamento dos benefícios conquistados pelos servidores acrescido do incremento da Receita Corrente Líquida da ordem de R$ 300 milhões de 2014 para 2015.

 

Ao Portal T1 Notícias, Eduardo Siqueira Campos disse que “o Plansaúde não parou em dezembro, isso explica que os procedimentos duram de dois a três meses posteriores à suas realizações para serem pagos. É preciso fazer uma perícia, uma análise, processar documento, para que depois seja feito o repasse, então isso nunca foi considerado atraso. O que havia com relação a 2014 eram menos de R$ 20 milhões, o Plansaúde não teria parado se estivesse havendo pagamento”.

 

O parlamentar ainda comentou sobre a falta de repasse dos aos bancos, de valores retirados dos servidores, para pagamento de empréstimos consignados. “Estamos recebendo informações de servidores, que alegam que estão tendo seus empréstimos retirados das contas e os bancos vêm notificando que não está havendo os pagamentos. Já quanto ao Igeprev nem se fala, são mais de R$ 120 milhões”.

 

“Eu recebi uma correspondência dos médicos cooperados da Coopanest, afirmando quando estão sem receber desde julho do ano passado. O ano de 2016, apenas com o pacote [aumento da carga tributária] o governo já teve o que nenhum governo teve em incremento, taxas, ICMS, e ainda se comparados os não cumprimentos que o governo do Estado fez ao passar parte da data-base para esse ano, progressões canceladas, em relação a Polícia Civil não foi feita a paridade, em relação aos Militares despromovidos e outros não pagamentos, diárias, plantões aos médicos e enfermeiros, podemos ver que a folha foi a menor, porque se ele não paga esses direitos para onde vai este dinheiro?” questionou Eduardo Siqueira Campos.

 

O deputado disse na Tribuna da Casa que existem atualmente fotos de pessoas que não compõem o quadro da Polícia Militar e que aparecem em fotos com uniformes da corporação. "Os policiais falam que não podem denunciar, mas eu que sou deputado peço ao Comandante para apurar se essas informações são verídicas, por que isso não pode acontecer", destacou o parlamentar.

 

T1 questiona Secad

Com uma denúncia de um servidor que optou por não se identificar, de que os bancos estão na eminência de negativar os servidores em razão das parcelas não pagas dos empréstimos consignados, o T1 Notícias questionou a Secad na segunda-feira, 22, sobre o assunto.

 

O servidor concursado do Estado relatou que poderá ter seu CPF negativado, caso em até 10 dias, não seja feito o pagamento de parcelas de consignado junto à Caixa Econômica Federal. Ele estranhou a notificação, uma vez que mensalmente o Estado tem descontado o valor do empréstimo, conforme demonstrativo em contracheque. “É muito estranho receber uma notificação de algo que já foi retirado da minha conta e eu afirmaria com certeza que havia sido pago. Sempre prezei por ter meu nome limpo”, afirmou.

 

Questionada pelo T1 quanto aos motivos pela falta de repasse, e ainda, quanto seria o valor devido aos bancos, a Secretaria de Administração do Estado disse, por meio de nota, que “está entrando em contato com todas as instituições bancárias conveniadas para regularizar a situação”.

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