O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) repercutiu o pronunciamento do secretário de Estado de Comunicação, Rogério Silva, sobre o paradeiro do helicóptero da Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira, 5, na Assembleia Legislativa e pediu serenidade ao secretário. Rogério se pronunciou a um veículo de imprensa sobre o caso, dizendo que quem deveria saber do helicóptero seria o próprio Eduardo e este recebeu o “recado” como “grosseria”.
Com dois requerimentos aprovados na AL em que solicita informações sobre o paradeiro do helicóptero, Eduardo Siqueira reafirmou não saber o paradeiro da aeronave, e relatou que em virtude dos questionamentos realizados em blogs e redes sociais, resolveu apresentar o requerimento. “Se soubesse onde estava a aeronave não teria feito o requerimento, assim como a Casa não o teria aprovado”, frisou.
Na oportunidade, o deputado falou estar “surpreso” com o teor da resposta de Rogério Silva e lembrou que essa resposta não foi enviada oficialmente à AL. “Fiquei surpreso, pois ao ser aprovado por unanimidade o requerimento de informações, ele deixa de ser apenas meu, mas da Assembleia Legislativa, cabendo ao Secretário apenas respondê-lo oficialmente e não da forma mal educada e desequilibrada como o fez. Se não fosse uma questão importante não teria sido aprovado pela Casa”, afirmou.
Eduardo Siqueira ainda questionou a postura de Rogério Silva, principalmente por ocupar cargo público de primeiro escalão. “Será que o tempo como jornalista não lhe preparou para a função?”, indagou.
O secretário chegou a afirmar que o “último voo do helicóptero” foi feito durante a gestão de José Wilson Siqueira Campos, em que Eduardo Siqueira era secretário de Relações Institucionais. Neste sentido, o deputado informou que deixou o governo em 31 de dezembro de 2013, pois não queria “misturar” sua vida privada e política com a vida pública.
Resposta da SSP
Com um dos requerimentos destinados à SSP, a Secretaria esclareceu ao T1 que o helicóptero foi encaminhado para manutenção de rotina ainda na gestão passada, mais precisamente em 10 de julho de 2014, para a oficina homologada em Formosa-GO, mas a empresa não tinha competência para reparar a aeronave que tinha uma pane de nível 3, e o contrato de manutenção era para panes de nível 1 e 2.
Neste sentido, a SSP informou que em agosto de 2014 foi iniciado um novo processo licitatório para que o reparo do helicóptero pudesse ser feito. Na época, segundo nota da Segurança Pública, somente para análise e emissão de laudo seria cobrado um valor de R$ 18 mil e o valor não foi pago por determinação do então governador Sandoval Cardoso.
Consta na nota que “na época, o valor para se consertar o helicóptero era de: R$ 18.000,00 (emissão laudo), acrescido de U$ 25.000,00 (peças) e mais U$ 115.000,00 pelo contrato de manutenção. Valores que também não foram pagos e, mesmo que tivesse sido quitado o valor de conserto e manutenção, ainda constava uma dívida no valor de R$ 282.000,00 do seguro obrigatório, vencido em outubro de 2014”.
De acordo com a SSP, o orçamento atual do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) é de R$ 10 mil e para resolver a situação, o governador Marcelo Miranda e o secretário César Simoni, da SSP, foram buscar recursos junto ao Ministério da Justiça, mas não obtiveram sucesso.
(Com informações da Ascom do dep. Eduardo Siqueira e Ascom SSP)
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