Eduardo Siqueira nega ser "Acelerado", que teria recebido US$ 24 milhões da Odebrecht

Segundo reportagem do Jornal Nacional, Eduardo Siqueira seria o "Acelerado" da lista da Odebrecht, que recebeu em 2011 e 2012, US$ 24,750 milhões; Eduardo aponta grave erro de apuração

Eduardo nega qualquer ligação política com cúpula do PT e PMDB
Descrição: Eduardo nega qualquer ligação política com cúpula do PT e PMDB Crédito: Foto: Dicom AL

Após ser mencionado com o codinome “Acelerado”, em documento entregue pelo executivo da Odebrecht, Benedito Junior, e veiculado em matéria no Jornal Nacional, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) se manifestou por meio de nota encaminhada à imprensa na tarde deste domingo, 23, na qual se diz estar indignado com a citação do seu nome na matéria.

 

No último sábado, 22, o Jornal Nacional exibiu uma matéria em que divulgou planilhas e extratos entregues às investigações da Lava Jato onde, segundo a Odebrecht, comprovam pagamentos ao PMDB e ao PT, de 2010 a 2012. Entre os documentos, há uma planilha com vários registros de pagamentos em que mostra que o maior repasse foi para o codinome "Acelerado", que recebeu em 2011 e 2012, US$ 24,750 milhões, e que segundo a reportagem, se trataria de Eduardo Siqueira Campos.

 

Em nota, a assessoria do deputado considera “um erro grave de apuração de informação, a inclusão de seu nome pela simples ligação a uma lista de diversos codinomes e a não apresentação de nenhum depoimento ou qualquer outro documento comprovando a citação de seu nome”. A assessoria do deputado esclareceu ainda que “na única delação que foi tornada pública que cita o deputado Eduardo Siqueira Campos, o delator Mario Amaro o trata pelo codinome ‘Canário’. E em nenhum momento, foi divulgado qualquer outro documento que identifica o deputado por outro codinome”, acrescentou.

 

Sobre os repasses de US$ 24 milhões de dólares, a assessoria de Eduardo Siqueira explicou que ele não tem relação política com a cúpula do PT e PMDB. “Também surpreende a ligação do deputado Eduardo Siqueira Campos a um valor de US$ 24 milhões de dólares, sendo que jamais o hoje deputado estadual teve qualquer ligação política com cúpula do PT e do PMDB e no período em questão, 2010 a 2012, sequer mandato tinha”, relembrou.

 

Ainda em nota, a assessoria do deputado solicitou a retratação dos veículos que associaram seu nome a lista de codinomes acusados de receber repasses da empreiteira. “O deputado Eduardo Siqueira Campos solicita ao Jornal Nacional, à Rede Globo e aos demais veículos de comunicação do País, que corrijam as informações erroneamente publicadas envolvendo seu nome, que por demais já tem prejudicado sua honra, lembrando que o jornalismo se faz com a correta apuração dos fatos, e na reportagem em questão está muito claro que isso não ocorreu”, finalizou.

 

Confira a nota na íntegra:

O deputado Eduardo Siqueira Campos recebeu com indignação a sua citação em reportagem do Jornal Nacional na noite deste sábado, 22. A pauta tratava da apresentação de extratos, por parte da Odebrecht, relativos a pagamentos a políticos do PT e PMDB. E segundo a reportagem do JN, com base em apuração do jornal de Folha de São Paulo. No entanto, a Folha de São Paulo em nenhum momento cita o nome do deputado Eduardo Siqueira Campos em sua matéria. A correlação do codinome “acelerado” ao deputado Eduardo Siqueira Campos foi feita pela reportagem do Jornal Nacional.

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos considera um erro grave de apuração de informação, a inclusão de seu nome pela simples ligação a uma lista de diversos codinomes e a não apresentação de nenhum depoimento ou qualquer outro documento comprovando a citação de seu nome. Já foi comprovado que alguns codinomes estão relacionados a mais de uma pessoa. E sem uma afirmação objetiva de quem pagou pelos valores citados, não é possível a reportagem decretar que esse pagamento foi feito a Eduardo Siqueira Campos, assim como não o fez a Folha de São Paulo, obviamente, por não possuir provas para tal afirmação. Na única delação que foi tornada pública que cita o deputado Eduardo Siqueira Campos, o delator Mario Amaro o trata pelo codinome “Canário”. E em nenhum momento, foi divulgado qualquer outro documento que identifica o deputado por outro codinome. 

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos jamais foi filiado ao PT ou ao PMDB. Pelo contrário, sempre trilhou sua carreira política em oposição a essas siglas. Também não fez parte de sua atuação política qualquer relação com obras do PAC. Também surpreende a ligação do deputado Eduardo Siqueira Campos a um valor de US$ 24 milhões de dólares, sendo que jamais o hoje deputado estadual teve qualquer ligação política com cúpula do PT e do PMDB e no período em questão, 2010 a 2012, sequer mandato tinha.

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos solicita ao Jornal Nacional, à Rede Globo e aos demais veículos de comunicação do País, que corrijam as informações erroneamente publicadas envolvendo seu nome, que por demais já tem prejudicado sua honra, lembrando que o jornalismo se faz com a correta apuração dos fatos, e na reportagem em questão está muito claro que isso não ocorreu.

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